quinta-feira, 29 de março de 2012

Conhecendo mais sobre a Gagueira


Muitas mães se desesperam quando percebem algum indício de gagueira nos seus filhos. A ansiedade toma conta e ai, na maioria das vezes, acabam agravando a situação ao invés de ajudar a resolver. Agravando porque os pequenos percebem e captam a ansiedade, quase que como anteninhas (como costuma dizer a Fernanda aqui do Acalanto). Então a ideia desse post é trazer informações para diminuir a ansiedade de todos!

A verdade é que todos nós temos períodos de disfluência na fala, ou seja, quando estamos nervosos, ansiosos ou com pressa por vezes nos atropelamos e a fala não sai fluente e encadeada como deveria ser. A gagueira se caracteriza quando esses períodos de disfluência passam a ser tão comuns que interferem na comunicação.

Na verdade, todo gago tem momentos de fluência e todo não-gago tem momentos de gagueira. Então, a diferença é feita pela frequência da gagueira e pelo incômodo causado pela disfluência, que para o gago é muito grande.

O gago acredita que é sempre um mal falante e por isso evita as situações de comunicação. Quando é obrigado a falar, seja para muitas ou poucas pessoas, fica nervoso desencadeando reações que o deixam muito incomodado e com maiores dificuldades para falar.

As principais características na fala do gago são:

- Lentidão para falar e articulação limitada;
- Voz alterada;
- Demora a falar;
- Perda de controle sobre a fala;
- Bloqueios;
- Repetição de palavras ou sílabas;
- Prolongamento de vogais.
- Substituição de palavras;
- Evita palavras;
- Acrescenta palavras desnecessárias à frase, como “ai, então, isso, sim, é”, ganhando tempo para iniciar a palavra;

O gago pode apresentar também vários sintomas não relacionados à fala que são provocados por situações de comunicação, são elas:
- Respiração acelerada;
- Movimentos anormais nos olhos;
- Não olha nos olhos;
- Coração acelerado;
- Tremores nas mãos;
- Suor intenso;
- Alterações musculares (tiques, tensão, elevação das sobrancelhas, apertamento de olhos, tremor labial etc);

Ao falar o gago fica tenso e sente uma responsabilidade muito grande ao tentar passar uma mensagem verbal, por isso analisa cuidadosamente a reação do ouvinte e observa sua atitude (impaciência, pressa, descaso, aflição, pena). Observa se o ouvinte está atento ao que está sendo dito e observa se completa suas frases. Se o ouvinte apresenta alguns destes sinais o gago piora sua auto-imagem de falante e tem ainda mais dificuldade em passar a mensagem ou desiste de tentar.

Existem diversas teorias que explicam a causa da gagueira. Elas vão de características genéticas, distúrbios neurológicos, problemas psicológicos, traumas na infância ou recentes, alteração na organização da linguagem a dificuldades motoras e de coordenação da fala. Não existe um consenso de qual seria a causa da gagueira. Sabe-se também que esta pode ser minimizada e muitas vezes não aparecer por anos, mas não existe cura. O fonoaudiólogo trabalha com os sintomas e características de cada gago.

Algumas gagueiras iniciam-se na fase escolar e podem piorar ao longo da vida. Diversos fatores podem intervir neste processo, a atitude de alguns professores que demonstram dificuldades em lidar com a gagueira e com os problemas que a criança gaga apresenta em suas tarefas orais, impaciência, cobrança, desinteresse e insegurança. A atitude das demais crianças e a cobrança familiar também colaboram com uma piora da disfluência.

Devemos observar que até os quatro anos é normal que a criança, em fase de aquisição da linguagem apresente momentos de disfluência. Muitas vezes a família se assusta com o processo e acaba taxando a criança como gaga. Nessa idade falamos em Gagueira do Desenvolvimento, que deve ser observada e acompanhada com orientações fonoaudiológicas. A gagueira do desenvolvimento desaparece à medida que a criança avança no desenvolvimento da linguagem.

É importantíssimo entender que cada criança é uma criança diferente da outra, cada família é uma família, portanto, não existem receitas de “como fazer”. As sugestões que serão aqui apresentadas tentam promover a fluência e a interação da criança:

- Prestar mais atenção ao conteúdo do que a criança está falando do que à forma com que ela o faz.
- Ajudar a criança a falar mais suavemente, propiciando ambiente adequado para tal.
- Parar um segundo ou mais antes de responder.
- Reservar um tempo, diariamente, para dar atenção exclusiva à criança.
- Encorajar a criança a falar sobre sua gagueira com vocês.
- Fornecer à criança um modelo apropriado de fala.
- Ler ou contar histórias sempre que possível.
- Favorecer a expressão verbal dos sentimentos.
- Promover um ambiente familiar de conversação não competitivo.
- Lembrar à criança que as disfluências são naturais à fala de qualquer pessoa.
- Manter contato de olho natural enquanto a criança está falando.
- Encorajar a criança a falar.
- Não completar a frase ou falar pela criança. Deixe que ela se comunique em seu próprio tempo.
- Preveni-la de situações comunicativas que possam ser desagradáveis a ela antes de sair de casa. E explicar que não é obrigada a responder o que não desejar mesmo que outras pessoas peçam.

Prestem atenção aos efeitos de suas ações e estejam sempre prontos a fazer ajustes em seu modo de agir e em suas expectativas, ao notarem que isso é uma necessidade.


O QUE PREJUDICA A FLUÊNCIA?

- Dizer à criança para ela relaxar, acalmar-se ou pensar antes de falar;
- Chamar a criança de gaga;
- Criticar ou corrigir a fala da criança;
- Completar o que a criança está falando ou interrompê-la enquanto o faz;
- Apressar a criança quando ela estiver tentando falar;
- Preocupar-se demasiadamente com a gagueira;
- Falar muito rápido e de forma “difícil”;
- Gritar com a criança quando ela gaguejar;
- Tornar as atividades do dia-a-dia desagradáveis;
- Fazer a criança se sentir envergonhada ou diminuída;
- Forçar a criança a falar em público;
- Comparações desnecessárias;
- Pressionar a criança com muitas atividades;
- Superproteger a criança, evitando que ela se encontre em situações de comunicação;
- Exigir demais da criança;

Depois de todas essas dicas, normalmente ainda fica a dúvida de quando levar em uma fonoaudióloga. Costumo dizer que uma avaliação fonoaudiológica ou de outro profissional que cuida do desenvolvimento das crianças nunca faz mal, pelo contrário, os pais sempre se beneficiam de dicas que podem fazer grande diferença para seu pequenino. Lembrando que avaliação não significa taxar ninguém de doente, alterado, atrasado ou qualquer coisa assim.

E ai acredito que existem “duas horas”, momentos, de levar para uma avaliação. A primeira e mais importante delas é quando a mãe ou pai percebem que o desenvolvimento do seu filho ou filha esta diferente das demais crianças. Pode ser algo de concreto ou mesmo um sentimento! E a outra é quando a escola aponta a necessidade, o que normalmente acontece quando a questão já interfere de forma significativa no desenvolvimento e aprendizagem da criança, então essa recomendação não deve ser de forma alguma ignorada! Aí é só procurar por profissionais de sua confiança!

quinta-feira, 22 de março de 2012

Brincadeira de Criança


De uns tempos para cá a família vem crescendo de novo e entrando no ritmo das crianças! Já falei sobre isso aqui no blog, no post “Família Estendida”, e eu adoro essa nova dinâmica da família. O mais gostoso é passar os sábados observando as novas descobertas das dus princesas que alegram nosso dia!

E me divirto ao ver que elas se encantam pelas mesmas coisas na casa que me encantavam! E se divertem muito mais com as brincadeiras simples e antigas do que com os brinquedos que falam, andam ou fazem barulho.

As duas são fascinadas pela escada! Subir e descer já um desafio! Quais mais sozinhas melhor! Uma conquista e afirmação da sua independência. Lembro que para mim a escada também era um fascínio, quase que um castelo encantado!



O piano também chama atenção das duas. Antes, tocar o piano precisa de autorização e acompanhamento, já que ele ficava no escritório do vovô. Claro que logo descobrimos o esconderijo secreto da chave para poder sorrateiramente tocar o piano. Agora o instrumento musical que encanta fica no mezanino da sala. E basta nosso músico da família começar a tocar para as duas quererem experimentar também. Batendo nas teclas com toda a força, tentado imitar os movimentos das mãos e dedos. Sem esquecer da importância da platéia e das palmas e elogios ao final!

Tem ainda a piscina. Objeto de desejo sempre!!! Para elas anda um pouco limitado, já que aidna precisam que os adultos entrem juntos. Mas sempre dão um jeito de pelo menos molhar os pesinhos (e a roupa, a cara, a cabeça, a fralda, quem está do lado e mais um pouco). Para mim e meus primos o ponto alto do dia era sem dúvida pular na piscina!


Dar a volta na casa, passando da sala para o quintal, depois pelo beco ao lado da piscina, chegando aos fundos e finalmente entrando na cozinha, era uma aventura. E vejo que para as duas pequenas ainda é!




Mas a maior aventura mesmo era brincar em cima da caixa de concreto no fundo da casa (até hoje não sei o que tem nessa caixa). Ela parecia alta e inacessível! Então subir lá era estar em um novo mundo! As duas pequenas aproveitam esse espaço para rir incansavelmente enquanto brincam de pular! Ainda tem espaço para brincar de roda (todos juntos cantando “Atirei o Pau no Gato” ou “Fui na Fonte do tororó”), ensaiar passos de dança (do “Pintinho Amarelinho” ou do “Trem Maluco”) e ainda brincar de “Pirulito que bate bate”.






















Ser criança é isso! Ser feliz com as coisinhas mais simples que tem a sua volta e conseguir contagiar a todos que estão perto!

quarta-feira, 21 de março de 2012

Informações e serviços para quem tem Síndrome de Down

Endereço eletrônico será lançado nesta quarta-feira, dia internacional de Conscientização sobre o problema que afeta um bebê a cada 800 partos


Rio - Na próxima quarta-feira, é celebrado o Dia Internacional da Síndrome de Down no Brasil e em mais 40 países. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a cada 800 partos nasce uma criança com a síndrome. Apesar do alto índice, quem precisa de informações sobre essa condição ainda enfrenta grandes dificuldades.

POR CLARISSA MELLO

Por isso, é nessa data que será lançado o novo site Movimento Down :

www.movimentodown.org.br

O projeto começou a ser desenvolvido há oito meses pela advogada Maria Antônia Goulart, 36 anos, mãe da pequena Beatriz, de 1 ano e meio.

A advogada Maria Antônia só descobriu na hora do parto que Beatriz, hoje com 1 ano e meio, tinha a síndrome .

"Só soube que minha filha tinha síndrome de Down no momento do parto. Foi um choque. Não sabia muito sobre a doença e comecei a correr atrás de informações. Foi então que percebi a dificuldade que as famílias que vivem sob essa condição enfrentam”, relatou Maria Antônia.


Explicações detalhadas sobre os cuidados necessários com a criança, desde o seu nascimento, estão dispostas através de uma linha do tempo, dividida por faixa etária. O internauta terá a chance de controlar os marcos de desenvolvimento de cada idade, assim como encontrar serviços públicos e privados relacionados por região.

Segundo Maria Antônia, uma das principais preocupações do novo portal é deixar as informações acessíveis não só para os familiares, mas também para quem tem Síndrome de Down.

“Esse indíviduo tem déficit cognitivo, o que não significa que seja incapaz, desde que as limitações sejam respeitadas. Isso significa que as informações precisam ser objetivas. Usamos muitas imagens e uma linguagem muito clara. Quanto mais uma pessoa sabe da própria condição, mais ela pode se cuidar para melhorar a qualidade de vida”, explica a advogada.

Formação de profissionais especializados

As atividades do Movimento Down não ficarão restritas à Internet. Um curso na comunidade da Maré servirá como piloto para o início de um mapeamento inédito da Síndrome de Down. Também está sendo criada uma brinquedoteca, em conjunto com o Curso de Terapia Ocupacional da UFRJ, onde serão formados profissionais de terapia ocupacional e desenvolvidos brinquedos para auxiliar no desenvolvimento de crianças.

A Síndrome de Down é distúrbio genético causado por má-formação do embrião. Quem é Down sofre déficit de cognição, tem musculatura mais frágil e maior risco de doenças do coração.

Fonte: O dia online



quinta-feira, 15 de março de 2012

Crianças deixaram de ser crianças ou os adultos não dão espaço para que sejam crianças?


Ultimamente tenho escutado com frequência os pais afirmarem em coro que seu filho ou filha não quer sair de casa para brincar. Prefere ficar no vídeo game sozinho dentro de casa. Ai fico muito assustada e pensando... será que as crianças perderam a habilidade de brincar e se divertir??

Bom... isso seria deixar de ser criança... às vezes é isso mesmo o que tá acontecendo. Mas não posso deixar de pensar que esse deixar de ser criança é em grande parte nossa culpa, dos adultos. Isso, porque nós somos responsáveis por garantir o bem estar desses pequenos, então temos que dar um jeito de deixá-los ser criança!!

Quando eu era pequena andava de bicicleta na rua ou na praça. Hoje observamos os meninos da vizinhança andando de bicicleta no Salão de Festas!! Isso mesmo no salão de festas, porque a rua é muitíssimos perigosa (mesmo sendo plana, com pouca passagem de carros e contanto com dois seguranças) e a praça é longe demais e dá trabalho para as babás levarem. Fico imaginando o quanto não deve ser chato e sem graça andar de bicicleta no salão de festas. Sempre a mesma imagem, sem desafios e sem novidades! Bom, eu também não ia querer sair de casa para andar de bicicleta no salão de festas.


Eu costumava também correr muito em gramas, no sítio e outros espaços. Subir em árvores e brincar de esconder no jardim. Hoje não pode. Porque a grama é perigosa! Pode ter bichos! Os pequenos devem ficar seguros no concreto e os grandes não podem subir na árvore porque podem cair! Imagina! Bom... para ficar sentado no chão frio, prefiro sentar na minha casa mesmo, também não ia querer sair.

Ah! E por favor, não entendam que eu não brincava de vídeo game. Brincava sim, mas raramente sozinha. Primeiro porque tinha meu irmão e segundo porque o divertido mesmo era jogar com os amigos. Aliás, até hoje fazemos isso. Compramos um desses novos vídeo games de sensor só para poder convidar os amigos para jogar. Para nós nunca teve graça jogar sozinhos, a não ser que fosse para reinar no Mario Kart para poder vender o campeonato que teria mais tarde com os amigos. Mas hoje não pode, imagina esse monte de criança na casa dos pais, estraga e faz bagunça!!!

Fico aqui a pensar... será que nós adultos não estamos fazendo algo errado? Não estou generalizando é claro, mas querendo apontar situações extremas que ficam cada vez mais comuns e ai a quantidade de energia e necessidade de atenção que a criança tem acabam virando doença e logo logo os pequenos são diagnosticados com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), mas isso é assunto para outro post!

terça-feira, 13 de março de 2012

Os conflitos que as mães experimentam

Foram nove meses super intensos: a expectativa crescendo a cada dia, os cuidados redobrados para dar tudo certo no final e o seu amor aumentando sempre que o bebê se mexia dentro da barriga. Para atestar a famosa teoria de que o mundo sorri para as gestantes, ainda não faltaram visitas afetuosas, telefonemas cheios de preocupação e uma incrível boa vontade para ajudá-la no que fosse preciso.

Chegou o grande momento. O bebê veio ao mundo e, após a alta do médico, vocês seguiram para casa começando uma nova etapa. Nos primeiros dias, a sensação era de ser a mulher mais poderosa do mundo. Afinal, tem coisa mais importante do que gerar uma vida? Acontece que, como toda novidade, a doce tarefa de ser mãe também oferece desafios, especialmente no início, durante a fase de adaptação. “Na gravidez, a mulher conta com tempo para digerir as mudanças e necessidades que vão surgindo. Assim que o bebê nasce, porém, ela tem poucas horas para incorporar o papel de mãe e cuidadora”, aponta César Ribeiro Fernandes, psiquiatra e psicoterapeuta, de São Paulo.

É aí que a felicidade, que parecia intocável, vai abrindo brechas para sentimentos confusos, dúvidas, medos... Para começar, bate um ciuminho ao perceber que os holofotes, que nos últimos nove meses apontavam para você e seu barrigão, agora mudam o foco: seu filho. E não adianta culpar apenas os outros. Sua atenção também se volta totalmente para aquele ser indefeso e dependente.

Mas e você (suas necessidades, preferências, seus momentos e até seu casamento...)? Onde foram parar? Calma lá! Não dá para dizer que nos próximos meses você vai retomar tudo isso, mas, com jeitinho, as coisas se encaixam! E quer saber? Vai adorar a nova rotina, que no começo pode até soar meio impositiva.

Primeira lição: permita-se

Um dos grandes problemas enfrentados nesse período é entender e aceitar, sem culpa, esse turbilhão de sentimentos, nem sempre agradáveis. Se para isso precisar de um aval de peso, saiba que os especialistas são unânimes em dizer que toda mãe, por mais feliz que esteja com a chegada do herdeiro, sente-se, em algum momento, incomodada com as alterações que ocorrem em sua rotina. E vamos combinar que não são poucas, não é mesmo? Novos horários, mamadas constantes, choros persistentes e muitas vezes sem motivo aparente, noites em claro, licença do trabalho... Ufa!

Mas por que será que, mesmo diante de tantas justificativas sólidas, o assunto ainda é tabu para a maioria das mulheres? “Nossa sociedade tem uma visão idealizada da maternidade e cobra da mulher uma realização plena, absoluta e até inalcançável. Por isso, muitas mães entendem que, se questionarem algum ponto, estarão invalidando a felicidade e a gratidão de gerar uma criança”, explica a psicóloga Magdalena Ramos, de São Paulo, coautora do livro E Agora, o Que Fazer? A Difícil Arte de Criar os Filhos (Ágora).

Você ama seu bebê. Mas, às vezes, pensa: “Quero minha vida de volta!” Egoísmo? Não! Essas emoções conflitantes são absolutamente normais. Lide com elas sem sentir culpa.

O antídoto contra esse mal, que leva boa parte das mães a manter um silêncio sufocante e forçar uma alegria ininterrupta, é olhar para si mesma de forma mais compreensiva e racional. Afinal de contas, um sentimento não anula o outro. Mais do que isso: somente depois de identificar uma situação conflitante e refletir sobre ela é que será possível buscar soluções. “É normal intercalar momentos de contentamento e de vazio. Por exemplo, pensar no quanto considera delicioso dedicar-se ao bebê, mas avaliar que, vez ou outra, seria bom ter um tempinho para ficar sozinha e cuidar apenas de si mesma”, aponta a psicóloga Márcia Azevedo, de São Paulo. Então, nada de assumir verdades únicas e absolutas. Com a rotina atribulada que você terá a partir de agora, não faltarão emoções opostas se revezando no seu coração.

Fonte: Revista Cláudia - Patrícia Afonso (16/05/11)

quinta-feira, 8 de março de 2012

8 de Março – Dia Internacional das Mulheres


Já tem alguns dias que estou pensando o que escrever nesse post desse dia que para mim tem mil significados!!! E finalmente entendi o que preciso dizer!!! Preciso gritar para todos que sou uma Mulher, Doula, Defendo o Parto Normal e sou Feminista (além de muitas outras coisas).

Isso tudo porque muitas veze as pessoas acham que ser FEMINISTA é contrário a ser FEMINIA e sinônimo de querer ser como os homens e, ai consequentemente, uma mulher que não esta interessada em falar de parto, bebês e todo esse universo! Mas não é nada disso! Feministas são femininas e aquelas mulheres que tenho encontrado lutando pelo seu parto, empoderando-se e defendendo a humanização do parto são muito feministas e femininas!

Em Belo Horizonte, como já é tradicional, construímos um ato conjunto entre os movimentos nesse dia histórico que marca a luta das mulheres contra a opressão machista e capitalista. E os eixos do ato esse ano são:

-Violência contra a mulher;
- Educação infantil;
- O corpo é nosso.

Nem precisaria explicar como esses três eixos definidos peãs mulheres feministas são os mesmos pontos de luta das mulheres do movimento pelo parto, mas como hoje é 8 de março, vale a pena reforçar!

As mulheres que lutam pelo o Parto que desejam, humanizado, sem intervenções desnecessárias e cesáreas agendadas, em sua maioria usadas inadequadamente para conforto de médicos (muitos homens, diga-se de passagem) e interesses financeiros (de indivíduos e dos Planos de Saúde), estão lutando pelo direito ao seu corpo – O corpo é nosso!

As mulheres que exigem o fim da violência obstétrica, que vai do uso de palavras depreciativas, menosprezo e mal atendimento às parturientes, até o desrespeito a leis como o Direito ao Acompanhante e Alojamento Conjunto estão lutando pelo fim da – Violência contra a mulher – que tem várias formas e nuances, mas esta sempre acompanhada de valores machistas incorporados pela nossa sociedade capitalista.

E a Educação Infantil de qualidade e com dignidade para as crianças é um desdobramento natural da luta das mulheres que lutaram pelo seu parto. Depois de lutarem pelo seu parto sentem-se empoderadas e capazes de lutar pelo direito de seus filhos.

É por esses motivos e muitos outros que nesse blog convido a todos para nos encontrarmos hoje no ato em BH. A e se você não for de BH, procure saber da movimentação na sua cidade, com certeza terá uma boa movimentação

Em Belo Horizonte a concentração será às 15:00, na PRAÇA DA ESTAÇÃO e sua finalização na Praça 7 às 17:30 (trajeto ainda em definição passará por alguns importantes pontos da cidade).



SEGUIREMOS LUTANDO ATÉ QUE TODAS SEJAM LIVRES!!!

terça-feira, 6 de março de 2012

Qual idade adequada para retirada das fraldas?

Idade ideal é entre os 24 e 32 meses de idade, diz estudo

Ser mãe é dentre tantas coisas, estar atenta ao tempo de seu filho e, se existe uma fase importante nos primeiros anos de vida dos pimpolhos, é o desligamento das fraldas. Cientistas norte-americanos recomendam paciência.

De acordo com estudo publicado no Jornal de Urologia Pediátrica e desenvolvido pela Universidade da Califórnia, o momento ideal para começar a tirar as fraldas dos bebês acontece entre os 24 e 32 meses. Segundo os estudiosos, o período seria ainda mais importante do que o método utilizado. Eles explicam que é nesta fase que as crianças começam a sinalizar que querem fazer xixi ou cocô e alertam para os perigos da antecipação ou atraso deste processo.

O risco de desfraldar a criança antes de ela estar preparada, segundo eles, é que os pais vão ter mais trabalho na fase de adaptação da criança. O treinamento, que leva de 4 a 5 meses, poderia levar, então, o dobro do tempo e demorar além desse prazo poder trazer consequências como incontinência urinária,xixi na cama e nas calças.

Algumas dicas de como perceber se seu bebê está pronto para passar por este processo:

Veja como identificar se chegou o momento de desfraldar a criança:

· Se expressa curiosidade – seja verbalizada ou não – pela forma como os pais usam o banheiro.

· Se demonstra interesse em usar roupas íntimas.

· Se tem uma regularidade na evacuação, por exemplo, se fica seca por mais de três horas.

· Se avisa quando fez cocô ou xixi.

A partir desses sinais, os pais podem traçar estratégias. A pediatra Honorina prescreve algumas abordagens que podem facilitar o percurso:

· Converse sobre o assunto com a criança. Se achar mais fácil, utilize um livro infantil.

· Combine um período em que ela ficará sem fralda. Prepare a casa: retire os tapetes, se necessário. A maioria das crianças percebe melhor o processo da saída da urina quando fica sem fralda.

· Leve-a para comprar calcinha/cueca. Proponha saírem para comprar o “peniquinho”. Deixe que ela participe da escolha. Converse sobre a função do penico.

· Sugira um período no dia para sentar no penico. Escolha um momento adequado a partir da rotina da criança. Por exemplo, após o café da manhã.

· Se ela não fizer nada, brinque de colocar um pouco de água no penico e deixe que ela jogue no vaso sanitário e dê a descarga, se quiser. Aproveite para explicar sobre a importância de lavar as mãos.

· Comemore cada sucesso da criança, mas sem escândalos (para não criar uma expectativa além do necessário e para que ela não se frustre quando não obtiver sucesso). Deve-se premiar a criança? Segundo a psicóloga Maria Alice Lima, não: “Usar o banheiro é mais um passo para autonomia, não é preciso presentear. A criança já está ganhando com o fato de poder cuidar mais de si. Pais e filhos ganham mais se fizerem disso um evento gostoso.”.

· O processo costuma ser parecido para meninos e meninas. Porém, as meninas tendem a largar a fralda mais cedo do que os meninos. No caso delas, os desafios são ensiná-las a fazer a higiene da maneira correta (passando o papel higiênico da vagina para o ânus).

Já os meninos, em uma primeira fase, devem aprender a usar o vaso sanitário sentados, devendo-se ensiná-los a colocar o pênis para baixo. Em um segundo momento, ao urinar em pé, devem ser orientados a acertar o orifício do vaso ou do penico.

A psicóloga Maria Alice – com vasta experiência no universo infantil, tanto no campo da psicoterapia quanto como professora de educação infantil –, acredita que a busca pelo bem estar físico, emocional e intelectual é inato ao ser humano: “Perceber seu organismo e controlá-lo faz parte desse processo. A mudança na alimentação também interfere. Uma coisa é o cocô proveniente do leite materno, outra coisa é o derivado de comida. A própria criança se incomoda, reclama da fralda. Os pais precisam entender que as noções de limite e controle estão aos poucos sendo incorporadas pela criança, ela está aprendendo a prestar atenção em seu corpo. O mesmo acontece com comer e ter saciedade, essa é uma noção que vem mais tarde. É preciso ter paciência.”.

Conduta Social

“Usar o banheiro é uma regra social. A criança vai precisar aprender a fazer a higiene íntima, usar o papel higiênico, lavar as mãos. A colaboração dos pais é importante no auxílio aos recursos para que a criança faça uma passagem mais tranquila. Os atropelos acontecem quando os pais querem fazer pela criança. Não temos como fazer nenhuma experiência de vida por outra pessoa. Passar por essa etapa faz parte da busca por autonomia.”, esclarece a psicóloga Maria Alice.

Como tirar a fralda sem choro

O companheirismo revestido de atenção e carinho é o melhor instrumental que os pais têm para auxiliar seus filhos nessa trajetória. “Quando se é companheiro de alguém – e a criança pode ser um companheiro –, ao compartilhar as experiências, você sabe como ajudar. O melhor que você pode fazer é prestar atenção naquela pessoa que está com você, porque nenhum livro dirá como ela é, só ela pode dizer a você. Tirar a fralda é prestar atenção na criança, é ensinar a regra social: usar o banheiro. Os pais podem auxiliar com recursos (penico, perguntar se a criança deseja ir ao banheiro) para que o filho tenha uma boa experiência.” enfatiza a psicóloga Maria Alice.

É melhor para a criança começar esse controle durante o dia. É comum sonhar que estamos usando o banheiro, a diferença é que os adultos acordam e vão. Já a criança também vai, mas em sonho. O controle do esfíncter noturno é mais tardio, é comum que ocorram “escapadas” até em crianças maiores.

As crianças são descobridoras do presente, tudo é uma grande novidade: um som, um gesto, uma palavra… Para muitas crianças interromper uma brincadeira para ir ao banheiro significa perder alguma coisa: deixar de rir, correr, imaginar. Por isso, a invenção engenhosa das mães acima é tão eficaz, as crianças aprendem sem “perder nada”.

Atenção: “segurar o xixi também é ruim; a criança perceber o que esse retardamento causa no corpo é uma forma de aprendizado”. É importante que os pais esperem os sinais de que a criança está pronta, mas a psicóloga chama atenção para a recusa: “É preciso investigar o motivo pelo qual algumas crianças se recusam a usar o vaso, por vezes a criança prefere sofrer, segurar, ao invés de usar o banheiro. A criança, em seu entendimento, tem algum ganho com isso, “controla alguém”, ou recebe alguma coisa que pensa ser um ganho oriundo da recusa. Se apesar das tentativas os pais não conseguirem alterar o comportamento, é hora de procurar ajuda especializada.”


quinta-feira, 1 de março de 2012

Carnaval em Olinda


Na semana do carnaval falamos aqui das crianças pulando o pré carnaval em BH. Para fechar o tema de carnaval em 2012 e começar a contagem regressiva para o de 2013, vamos falar das crianças no carnaval de Olinda, um dos maiores e mais tradicionais do país.

Em Olinda o carnaval acontece na rua, muitos blocos na cidade alta, ao som de frevo e maracatu, comandado por orquestras tradicionais e seguido por foliões fantasiados. Bebês, crianças e famílias fazem parte dessa festa. As fantasias de palhaço, marinheiro, super heróis e princesas são as que fazem mais sucesso entre os pequenos! Então se você curte o carnaval e está pensando onde ir no próximo ano com o seu pequeno, Olinda é uma boa ideia.

As crianças participam das apresentações de frevo e maracatu e também estão integradas a orquestras e bandas. Imagina só um mini homenzinho de seis anos tocando tambor pelas ladeiras de Olinda! E meninas orgulhosas apresentando os passos de frevo que ensaiaram o ano todo!


Existem ainda os blocos infantis, que os menorzinhos, bebês de colo inclusive, acompanham junto com os pais. Confiram só esse pequeno que com a blusa do Bloco Eu Acho é Pouco saio para pular o carnaval fantasiado de “Gelo”, fazendo referência a mascara do personagem do filme A era do Gelo.















Esse outro folião aproveita a festa com confetes dentro de casa, chamando os “bocos” pela janela e na soleira da porta. No dia do Bloco do Minhocão, aproveita para sair a caráter e ensaiar passinhos de frevo. Desse jeito os minhoqueiros já tem certeza da continuidade da casa e do bloco para a próxima geração!

 












E aí, já escolheu o destino da sua família no carnaval de 2013?