terça-feira, 29 de novembro de 2011

Ações de Saúde baseadas em Evidências Científicas – Alívio da dor sem anestesias

Vamos a mais um da nossa série de Artigo!



Artigo: Estratégias não farmacológicas no alivio da dor de parturientes no trabalho de parto

Autores: Rejane Davim, Gilson Torres, Janmilli Dantas (Universidade Federal do Rio Grande do Norte)


Revista: Revista da Escola de Enfermagem da USP


Resumo: Ensaio clinico para avaliar a diminuição da dor em parturiente de uma maternidade em Natal. Foram realizadas massagens lombossacral, exercícios respiratórios e de relaxamento e banho de chuveiro. Em seguida foi aplicada uma escala visual para a dor. Concluiu-se que as estratégias foram efetivas.


Comentários: Esse definitivamente é um artigo e leitura indispensável! Além de comprovar por técnica cientifica e reconhecida no meio acadêmico a efetividade dos métodos não farmacológicos para a diminuição da dor durante a fase ativa do trabalho de parto discute a importância da presença do acompanhante, que tem impacto também na diminuição da dor e destaca o uso indiscriminado e desnecessário da ocitocina artificial, que leva a um aumento na intensidade da dor. O artigo coloca as enfermeiras desempenhando esse papel, mas poderia muito bem referir-se as doulas. Claro que as enfermeiras podem fazer o papel de doulas, mas sabemos hoje que elas têm inúmeras funções dentro do hospital e muitas vezes estão sobrecarregadas e responsáveis por 3 ou mais mulheres em trabalho de parto. Assim, diante dessa realidade do trabalho da enfermagem, eu destacaria a importância do papel e presença da doula durante o trabalho departo, baseado nos achados desse artigo.



Quem ler e gostar, ou não gostar, comenta mais sobre o artigo aqui! Assim podemos ir trocando informações! Quem tiver sugestões também de artigos para serem colocados no blog é só mandar!







sexta-feira, 25 de novembro de 2011

25 de novembro – Dia Internacional pela não Violência contra as Mulheres

O dia 25 de novembro é o Dia internacional pela não violência contra as mulheres. É claro que esse não é um dia para ser comemorado. É um dia de luta e protestos, para chamarmos atenção aos alarmantes dados da violência contra as mulheres.
- Seis em cada 10 brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica.

- Machismo (46%) e alcoolismo (31%) são apontados como principais fatores que contribuem para a violência.

- 94% conhecem a Lei Maria da Penha, mas apenas 13% sabem seu conteúdo. A maioria das pessoas (60%) pensa que, ao ser denunciado, o agressor vai preso.

- 52% acham que juízes e policiais desqualificam o problema.

- 91% dos homens dizem considerar que “bater em mulher é errado em qualquer situação”.

- Uma em cada cinco mulheres consideram já ter sofrido alguma vez “algum tipo de violência de parte de algum homem, conhecido ou desconhecido”.

- O parceiro (marido ou namorado) é o responsável por mais 80% dos casos reportados.

- Cerca de seis em cada sete mulheres (84%) e homens (85%) já ouviram falar da Lei Maria da Penha e cerca de quatro em cada cinco (78% e 80% respectivamente) têm uma percepção positiva da mesma.


Sabemos que a violência tem crescido no mundo inteiro e não apenas contra a mulher, o que é ainda mais assustador. Será que somos “naturalmente” violentos? O que nos leva a agir de forma violenta? O medo, o preconceito, as situações precárias de vida... Porque quem deveria nos proteger só sabe agir de forma violenta e bruta, como os polícias contra os estudantes da USP? Os motivos são muitos, mas nenhum convence como justificativa e compreensão do que acontece.
E quando pensamos em violência logo pensamos em assaltos, assassinatos, espancamentos e outros atos mais extremos. E ai concluímos com uma espécie de alivio na consciência de que não praticamos atos de violência. Infelizmente isso não é verdades... já que existem muitas outras formas de violência mais sutis ou mais privadas, mas nem por isso menos graves.
A violência está nas palavras e nos pequenos atos. Esta no momento em que desrespeitamos o direito do próximo e esse tipo de violência atinge com grande vigor as mulheres e as crianças.
A violência esta presente também durante a gestação e o parto das mulheres.
Quando a mulher não tem seu direito de escolha preservado quanto ao tipo de parto e aos procedimentos que concorda serem feitos no seu corpo e com seu filho, isso é uma violência. Quando a mulher tem o seu direito ao acompanhante durante o pré parto, parto e pós parto negada ou dificultada e atrelada a pagamentos, isso é violência!

1/3 das mulheres sofreram violência durante o trabalho de parto!!!

Esse é um dado alarmante!!!! E se refere não apenas a violência física, mas a violência verbal e ao desrespeito aos direitos das mulheres.
No dia Internacional da não Violência Contra as Mulheres devemos chamar a atenção para a violência durante o parto e responsabilizar cada profissional de saúde que apóia as mulheres durante o seu parto por interromper esse ciclo de violência.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Ações de Saúde baseadas em Evidências Científicas - Cordão umbilical

Vamos a mais um da nossa série de Artigo!



Artigo: Efeitos do clampeamento tardio do cordão umbilical sobre os níveis de hemoglobina e ferritina em lactentes aos três meses de vida



Autores: Sonia Isoyama Venâncio, Renata Bertazzi Levy, Sílvia Regina Dias Médici Saldiva, Lenise Mondini, Maria Cecília Goi Porto Alves, Siu Lum Leung (Instituto de Saúde SES SP e Hospital Municipal Fernando Mauro Pires da Rocha)


Revista: Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24 Sup 2:S323-S331, 2008


Resumo: Este estudo verificou o efeito do clampeamento tardio (um minuto após o nascimento) do cordão umbilical sobre os níveis de hemoglobina e ferritina em crianças aos três meses de vida. Foram alocadas 325 mães e crianças, nascidas a termo, de parto vaginal e sem patologias (164 no grupo do clampeamento imediato e 161 no tardio) em um hospital do Município de São Paulo, Brasil, em 2006. Realizaram-se dosagens de hemoglobina da mãe no pré-parto e de hemoglobina e ferritina do cordão umbilical. As crianças (69%) foram acompanhadas no ambulatório, após três meses, ocorrendo coleta de sangue venoso para dosagem de hemoglobina e ferritina. Variáveis sócio-econômicas, reprodutivas, antropométricas e de alimentação da criança foram estudadas. Utilizou-se a regressão linear múltipla para a análise dos dados. O efeito do clampeamento tardio do cordão umbilical foi significativo somente para os níveis de ferritina das crianças aos três meses de idade (p = 0,040), sendo superior em 23,29ng/mL quando comparado às crianças submetidas ao clampeamento imediato. O procedimento pode se constituir em uma estratégia para prevenir a deficiência de ferro em lactentes.


Comentários: Segundo o artigo a OMS considera a carência de ferro e a anemia um problema de saúde pública em 150 países dentre os 196 que são associados a instituição. E esse problema tem destaque entre os recém nascidos. Em crianças a anemia pode provocar diminuição da capacidade cognitiva, distúrbios comportamentais, falta de memória, baixa concentração mental, déficit de crescimento, diminuição da força muscular e da atividade física, além de maior suscetibilidade a doenças infecciosas. O resultado do estudo mostrou um dado muito interessante que com a simples medida de não se cortar o cordão umbilical imediatamente após o parto pode prevenir a anemia em crianças até os três meses de idade. E contra argumenta com recomendações obstétricas de que o clampeamento tardio pode trazer complicações, destacando que se os obstetras esperarem apenas 1 minuto após o parto, 80% do sangue da placenta já é transferido para o bebê, ajudando a garantir sua saúde pelos próximos 3 meses. Depois desse artigo para mim está mais do que reafirmado de que em todos os planos de partos as mulheres devem colocar o seu desejo do clampeamento tardio do cordão umbilical e exigir que seu plano de parto seja cumprido.



Quem ler e gostar, ou não gostar, comenta mais sobre o artigo aqui! Assim podemos ir trocando informações! Quem tiver sugestões também de artigos para serem colocados no blog é só mandar!






segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Bebê e telinha

Afinal, tecnologia e criança é uma boa mistura?

Hoje em dia, é impossível separar as crianças da tecnologia. Desde pequenos eles sabem manusear aparelhos eletrônicos, muitas vezes melhor do que os adultos. Mas esta mistura pode dar certo? Explicamos para você.


Há algumas semanas, a Academia Americana de Pediatria publicou uma recomendação para que as crianças com menos de 2 anos não assistam TV, inclusive os programas feitos especificamente para elas.

Ao contrário do que possa parecer, os pediatras dizem que os pequenos não conseguem acompanhar a ordem cronológica dos programas e desenhos. Segundo alguns estudos, as crianças não conseguem, cognitivamente, entender o que é dito e reter estas informações, segundo o site Time Healthland.

Mesmo com todas essas informações, o debate vai atingir em cheio muitos pais. A mesma academia divulgou uma pesquisa, na qual 90% dos pais afirmam deixar seus filhos em frente à TV. Mais da metade deles dizem achar os programas infantis importantes para os pequenos.

Além deste “impedimento” cognitivo das crianças pequenas, os pediatras acreditam que a TV prejudique as interações entre os pais e filhos, reduzindo o que eles chamam de “hora da conversa”, quando a criança aumenta seu vocabulário e desenvolve as habilidades de linguagem.

E não é só na hora da programação infantil que os pais devem ficar atentos. Mesmo que a criança esteja brincando enquanto a TV está ligada, um estudo da academia mostra que os pequenos olharão para a tela a cada 20 segundos.

Quando a criança for maior, a Academia Americana de Pediatria recomenda que a criança assista TV por, no máximo, duas horas por dia.

Vilã da história?

A TV, além de distrair as crianças, também funciona como cafeína para os pequenos. Um estudo publicado no jornal Pediatrics mostrou que 28% daqueles que assistiam TV ou jogavam vídeo-games por, pelo menos, 30 minutos depois das 19h, tinham problemas para dormir na maioria das noites ao longo da semana, contra 19% entre aqueles que não ficavam na frente da telinha depois desde horário.

Fonte: Revista Pais e Filhos

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Humanos – animais mamíferos

A nossa sociedade hoje, capitalista, transformou o parto em um negócio lucrativo. E em alguns momentos tenho a sensação que foi de caso pensado sabe!
Estavam lá pensando como poderiam ganhar mais dinheiro. E observaram que as mulheres frequentemente tem filhos e que elas vão continuar dando a luz a seus bebês. Só que isso é um processo demorado, que depende intimamente da mulher, de seus instintos, de sua conexão com o seu corpo e esta diretamente ligado a sua saúde mental e física.

Só que saúde não dá dinheiro, o que dá dinheiro é doença e cirurgia. Então ao transformar a condição de grávida da mulher em um evento de doença que “inspira cuidados” (expressão muito usada por obstetras, que para mim transmite a ideia de vulnerabilidade, oposta a de empoderamento que vejo e desejo para as mulheres) e o parto em uma cirurgia, passaram a poder cobrar muito por esses cuidados que necessitam de tecnologias de ponta e saberes específicos. O bebê deixa de ser o filho gestado e sonhado para ser “produto conceptual” (outra expressão de obstetras que me arrepia, me fazendo pensar em uma sociedade com bebês comprados em prateleiras ou pela internet).

Perde-se então o encanto do parto, sua força capaz de transformar uma mulher em mãe.

Só vamos conseguir “humanizar o parto” (mais uma expressão assustadora, já que acaba refletindo a nossa sociedade, que parece de alguma forma conseguir que eventos do homem deixem de ser humanos) se as mulheres retomarem o parto para si. E isso significa um reconhecimento da sociedade que nós somos animais, mamíferos e seres sexuais.

A maioria dos animais mamíferos segue o seguinte ritual quando a fêmea entra em trabalho de parto. Ela se afasta do bando, para um local seguro e quieto, longe da testosterona masculina, é acompanhada apenas por fêmeas, que garantem a sua segurança e alimentação durante o trabalho de parto. Assim a fêmea pode, com o seu instinto, ou seja, o neo córtex trabalhando, e conectada com seu corpo, estimulada por seus hormônios naturais, trazer seu filhote ao mundo.

E nós humanos o que fazemos? Dizemos a mulher para não seguir seus instintos. Que ela não pode ficar sozinha. Que raramente o corpo de uma mulher é capaz de parir uma criança (fico pensando então como estamos chegando a 7 bilhões de pessoas no mundo?) e que ela precisa ir para um hospital, um local frio, desconectado de sua realidade, cheio de aparelhos que não sabemos para que serve e nos submeter às intervenções de outras pessoas, muitas vezes homens, além de receber hormônios artificiais, já que aparentemente nossos hormônios naturais por algum motivo não são o suficiente.

Quando foi que deixamos de ser mamíferos??? Porque fazemos exatamente o posto dos nossos semelhantes????

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Ações de Saúde baseadas em Evidências Científicas – O recém nascido e tipos de parto


Vamos a mais um da nossa série de Artigo!
Quem quiser saber de onde surgiu essa ideia aqui no Blog, é só acessar o primeiro da série de posts, que além do início da história fala também dos bancos de dados para encontrar os artigos e apresenta o primeiro sobre puericultura.


Artigo: ASSOCIAÇÃO DA VITALIDADE DO RECÉM-NASCIDO COM O TIPO DE PARTO

Autores: Débora Thompson Biasoli Franceschini e Maria Luzia Chollopetz da Cunha (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)

Revista: Revista Gaúcha de Enfermagem 2007;28(3):324-30.

Resumo: Este estudo tem por objetivo associar o escore de Apgar do primeiro e do quinto minuto de vida com recém nascidos de parto normal e de cesárea. A população foi constituída por 150 recém-nascidos a termo, sendo 75 nascidos de parto normal e 75 de cesárea. Os resultados apresentaram diferença significativa (P=0,046) nos escores de Apgar de 4 a 6 no primeiro minuto de vida, demonstrando uma tendência de diminuição na vitalidade nos bebês imediatamente após o nascimento quando nascidos por cesárea. Os recém-nascidos de sexo masculino parecem ser mais influenciados sobre a via de nascimento com relação aos do sexo feminino, pois apresentaram um menor escore de Apgar no primeiro minuto de vida, com diferença significativa (P=0,004), quando nascidos por cesárea. Em recém-nascidos a termo, o peso não apresentou relação com a alteração na vitalidade quando associados ao tipo de nascimento.

Comentários: O artigo apresenta uma série de números e tabela, além da linguagem científica, o que pode dificultar um pouco a leitura para quem não é da área, mas trás algumas informações importantes e interessantes:
a)      Descreve de forma clara e detalhada o que é o APGAR e como é medido. Assim os pais podem entender o que significa essa notinha que seus filhos recebem no primeiro e quinto minuto de vida.
b)      Expõe quais as alterações físicas e químicas que o recém nascido passa ao nascer, sendo elas adaptações sanguíneas que se relacionam ao inicio da respiração e adaptações de temperatura corporal, que são facilitadas no parto normal durante o período de expulsão, que não existe nas cesarianas.
c)      Chama atenção para as principais indicações para a cesárea, dentre elas a desproporção céfalo-pélvica, sendo esta uma indicação questionável quanto aos critérios médicos.
d)     Reforça as orientações da OMS quanto a priorização dos partos normais.
e)      Traz como principal resultado mais uma vantagem para o Parto Normal, sendo o bebê nascer mais alerta, dispensando manobras e cuidados extras no primeiro minuto de vida.

Quem ler e gostar, ou não gostar, comenta mais sobre o artigo aqui! Assim podemos ir trocando informações! Quem tiver sugestões também de artigos para serem colocados no blog é só mandar!

Já postamos aqui resumos e comentários de artigos que falam sobre:
Parto Domiciliar;

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

8 objetivos do milênio e a mortalidade materna no Brasil


Na semana passada tive a oportunidade de participar do 10º Congresso Internacional de Saúde Urbana que aconteceu em Belo Horizonte, no Minascentro, concomitante ao 2º Congresso Nacional de Saúde da Faculdade de Medicina da UFMG. Os dois congressos têm grande importância na perspectiva da saúde internacional e nacionalmente. E por essa importância achei que valia um post aqui no Blog falando do que tivemos de destaque da saúde materno infantil.

Em todos os dias do congresso internacional tivemos uma ou mais salas para exposição oral de trabalhos de todo o mundo, falando sobre a saúde materno infantil. Foram apresentados trabalhos do Brasil, Índia, Estados Unidos, Israel, Gahna, Austrália e outros países. Chama a atenção as pesquisas da Índia e de Gahna que destacam a importância da educação, água tratada, assistência ao pré natal e parto e a amamentação para diminuir a mortalidade materna e infantil, dados que discutem com os já consolidados no Brasil. Outro estudo interessante é o australiano que indica o aumento da mortalidade materna entre as classes A e B, que pode ter uma de suas explicações baseadas nas altas taxas de cesárea sem indicação médica real e necessária.

Um dos principais destaques foi o trabalho “Movimento BH pelo parto normal: mobilização pela promoção da saúde da gestação à vida adulta”, da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte em parceria com várias instituições, coordenado pela Sônia Lanski, que ganhou o 2º lugar entre os melhores trabalhos do congresso nacional.

Além desses importantes resultados o que mais me marcou foi uma fala do Helvécio Magalhães, atual Secretário da Secretaria de Atenção a Saúde do Ministério da Saúde e ex secretario de saúde de Belo Horizonte, em uma mesa sobre a qualidade do SUS. Ele escolheu exatamente o exemplo da atenção à saúde materna para destacar os desafios que ainda temos que enfrentar e o foco na melhoria da qualidade de atenção. Na sua fala um fato assustador ao qual precisamos nos atentar!

Até o ano de 2015 o Brasil terá atingido todos os objetivos do milênio, com excessao do de MORTALIDADE MATERNA!!!


Precisamos pensar seriamente porque avançamos tanto na saúde e não conseguimos diminuir de forma efetiva a mortalidade materna!

A nossa sociedade precisa refletir! Os brasileiros precisam refletir!

Não consigo deixar de pensar que isso tem tudo a ver com a taxa de cesárea no Brasil ser entre 50 e 70% (variando de cidade e entre o serviço publico e privado – sendo as maiores taxas no setor privado), número muito distante do aceito pela OMS de 15%!

E ai? O que vamos fazer para mudar essa situação???

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Ações de Saúde baseadas em Evidências Científicas – Parto em Casa


Vamos a mais um da nossa série de Artigo!
Quem quiser saber de onde surgiu essa ideia aqui no Blog , é só acessar o primeiro da série de posts, que além do início da história fala também dos bancos de dados para encontrar os artigos e apresenta o primeiro sobre puericultura.


Artigo: ASSISTÊNCIA AO PARTO NORMAL NO DOMICÍLIO

Autores: Rejane Marie Barbosa Davim e Rejane Maria Paiva de Menezes (Universidade Federal do Rio Grande do Norte)

Revista: Revista Latino-americana de Enfermagem 2001 novembro-dezembro; 9(6):62-8

Resumo: Trata da experiência vivenciada por uma enfermeira obstetra com um casal grávido de seu terceiro filho. Destaca os modelos assistenciais que valorizam a mulher e o casal no processo do nascimento e parto. Descreve a assistência prestada a um casal durante o processo da gestação e parto realizado no domicílio. Ressalta que a experiência possibilitou a participação ativa do casal e filhos no processo do nascimento e parto, propiciando, fundamentalmente, satisfação à família e ao profissional.

Comentários: O artigo tem um formato de relato pessoal e não segue uma rigidez acadêmica e, por isso, consegue sensibilizar e mostrar as vantagens de um parto domiciliar. É importante destacar que o relato refere-se a um parto que ocorreu em 1985. Podemos pensar então em 26 anos depois temos mais instrumentos e tecnologias para auxiliar o parto domiciliar, mas estamos ainda muito aquém de países mais desenvolvidos na atenção materna e no desenvolvimento do parto humanizado, como a Holanda e Inglaterra. Outro ponto interessante do relato é o destaque para a participação do pai no parto e os diferentes papéis exercidos pela enfermeira obstetra, que saiu do seu lugar, passando a amiga, doula e pesquisadora. A autora, ao assumir esses diferentes papéis pretende estimular um desejo nos profissionais de saúde de voltar sua pratica para uma atenção humanizada e holística.

Quem ler e gostar, ou não gostar, comenta mais sobre o artigo aqui! Assim podemos ir trocando informações! Quem tiver sugestões também de artigos para serem colocados no blog é só mandar!

Já postamos aqui resumos e comentários de artigos que falam sobre: