quarta-feira, 23 de março de 2011

PERFECCIONISMO AUMENTA AS CHANCES DA MULHER DESENVOLVER DEPRESSÃO PÓS-PARTO

Gestantes que se idealizam como as mães perfeitas ficam mais susceptíveis a desenvolver a doença após o nascimento do filho.


É comum durante a primeira gestação fazer planos para quando seu filho nascer. Pensar em como você será como mãe, como vai educá-lo, como vai ensinar os valores mais importantes - tudo isso com a intenção de ser a mãe perfeita


Você se identificou com tudo isso? Relaxe um pouco.

Cientistas da Universidade de Toronto, no Canadá, descobriram que as gestantes perfeccionistas que se idealizam perfeitas como mães têm mais chances de desenvolver depressão pós-parto do que aquelas que aos poucos vão descobrindo a melhor forma de cuidar e educar os filhos.

O estudo foi feito com 100 mulheres. Elas tiveram que responder a um questionário sobre perfeccionismo, personalidade e saúde mental no último trimestre de gravidez e outro com perguntas variadas, um mês após o nascimento da criança. De acordo com a análise das respostas, foi possível perceber que um número muito maior das que afirmaram ter características fortes de perfeccionismo sofreram depressão pós-parto.

Segundo o psicólogo Gordon Flett, coordenador da pesquisa, a somatização dos sentimentos adquiridos na gravidez gera uma ansiedade enorme na mulher e, quando ela percebe que não é possível agir de acordo com os seus planos, fica deprimida. “O mais importante é que a gestante saiba que, em toda a história do mundo, nunca existiu uma mãe perfeita. Afinal, não existe ninguém que beira a perfeição. Nem pai nem profissional nem mãe. Até porque o perfeccionismo também é um defeito. E ainda bem que não existe”, diz Flett.

Para a psicóloga Luciana Mello, da clínica Eclipse (SP), cada família se completa e aprende a se amar do jeito que é. A ideia de perfeição para uma criança muda muito rápido e é mais simples do que voce imagina. "Pela manhã, você será perfeita se deixá-la dormir um pouquinho mais. À tarde, pode ser que ela queira aquela mãe que faz um bolo de chocolate e ajuda no dever de casa e, à noite, uma contadora de histórias para entretê-la antes de dormir”, diz.

Fonte: Revista Crescer

Nenhum comentário:

Postar um comentário