O dia 25 de
novembro é o Dia internacional pela não violência contra as mulheres. É claro que esse
não é um dia para ser comemorado. É um dia de luta e protestos, para chamarmos
atenção aos alarmantes dados da violência contra as mulheres.
- Seis em cada 10 brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de
violência doméstica.
- Machismo (46%) e alcoolismo (31%) são apontados como principais fatores
que contribuem para a violência.
- 94% conhecem a Lei Maria da Penha, mas apenas 13% sabem seu conteúdo. A maioria das pessoas (60%) pensa que, ao ser
denunciado, o agressor vai preso.
- 52% acham que juízes e policiais desqualificam o
problema.
- 91% dos homens dizem considerar que “bater em mulher é errado em
qualquer situação”.
- Uma em cada cinco mulheres consideram já ter sofrido alguma vez “algum
tipo de violência de parte de algum homem,
conhecido ou desconhecido”.
- O parceiro (marido ou namorado) é o responsável por mais 80% dos casos
reportados.
- Cerca de seis em cada sete mulheres (84%) e homens (85%) já ouviram
falar da Lei Maria da Penha e cerca de quatro em cada cinco (78% e 80%
respectivamente) têm uma percepção positiva da mesma.
Sabemos que
a violência tem crescido no mundo inteiro e não apenas contra a mulher, o que é
ainda mais assustador. Será que somos “naturalmente” violentos? O que nos leva
a agir de forma violenta? O medo, o preconceito, as situações precárias de
vida... Porque quem deveria nos proteger só sabe agir de forma violenta e
bruta, como os polícias contra os estudantes da USP? Os motivos são muitos, mas
nenhum convence como justificativa e compreensão do que acontece.
E quando
pensamos em violência logo pensamos em assaltos, assassinatos, espancamentos e
outros atos mais extremos. E ai concluímos com uma espécie de alivio na
consciência de que não praticamos atos de violência. Infelizmente isso não é
verdades... já que existem muitas outras formas de violência mais sutis ou mais
privadas, mas nem por isso menos graves.
A violência
está nas palavras e nos pequenos atos. Esta no momento em que desrespeitamos o
direito do próximo e esse tipo de violência atinge com grande vigor as mulheres
e as crianças.
A violência
esta presente também durante a gestação e o parto das mulheres.
Quando a
mulher não tem seu direito de escolha preservado quanto ao tipo de parto e aos
procedimentos que concorda serem feitos no seu corpo e com seu filho, isso é
uma violência. Quando a mulher tem o seu direito ao acompanhante durante o pré
parto, parto e pós parto negada ou dificultada e atrelada a pagamentos, isso é
violência!
1/3 das mulheres
sofreram violência durante o trabalho de parto!!!
Esse é um
dado alarmante!!!! E se refere não apenas a violência física, mas a violência
verbal e ao desrespeito aos direitos das mulheres.
No dia
Internacional da não Violência Contra as Mulheres devemos chamar a atenção para a
violência durante o parto e responsabilizar cada profissional de saúde que
apóia as mulheres durante o seu parto por interromper esse ciclo de violência.
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