sexta-feira, 25 de novembro de 2011

25 de novembro – Dia Internacional pela não Violência contra as Mulheres

O dia 25 de novembro é o Dia internacional pela não violência contra as mulheres. É claro que esse não é um dia para ser comemorado. É um dia de luta e protestos, para chamarmos atenção aos alarmantes dados da violência contra as mulheres.
- Seis em cada 10 brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica.

- Machismo (46%) e alcoolismo (31%) são apontados como principais fatores que contribuem para a violência.

- 94% conhecem a Lei Maria da Penha, mas apenas 13% sabem seu conteúdo. A maioria das pessoas (60%) pensa que, ao ser denunciado, o agressor vai preso.

- 52% acham que juízes e policiais desqualificam o problema.

- 91% dos homens dizem considerar que “bater em mulher é errado em qualquer situação”.

- Uma em cada cinco mulheres consideram já ter sofrido alguma vez “algum tipo de violência de parte de algum homem, conhecido ou desconhecido”.

- O parceiro (marido ou namorado) é o responsável por mais 80% dos casos reportados.

- Cerca de seis em cada sete mulheres (84%) e homens (85%) já ouviram falar da Lei Maria da Penha e cerca de quatro em cada cinco (78% e 80% respectivamente) têm uma percepção positiva da mesma.


Sabemos que a violência tem crescido no mundo inteiro e não apenas contra a mulher, o que é ainda mais assustador. Será que somos “naturalmente” violentos? O que nos leva a agir de forma violenta? O medo, o preconceito, as situações precárias de vida... Porque quem deveria nos proteger só sabe agir de forma violenta e bruta, como os polícias contra os estudantes da USP? Os motivos são muitos, mas nenhum convence como justificativa e compreensão do que acontece.
E quando pensamos em violência logo pensamos em assaltos, assassinatos, espancamentos e outros atos mais extremos. E ai concluímos com uma espécie de alivio na consciência de que não praticamos atos de violência. Infelizmente isso não é verdades... já que existem muitas outras formas de violência mais sutis ou mais privadas, mas nem por isso menos graves.
A violência está nas palavras e nos pequenos atos. Esta no momento em que desrespeitamos o direito do próximo e esse tipo de violência atinge com grande vigor as mulheres e as crianças.
A violência esta presente também durante a gestação e o parto das mulheres.
Quando a mulher não tem seu direito de escolha preservado quanto ao tipo de parto e aos procedimentos que concorda serem feitos no seu corpo e com seu filho, isso é uma violência. Quando a mulher tem o seu direito ao acompanhante durante o pré parto, parto e pós parto negada ou dificultada e atrelada a pagamentos, isso é violência!

1/3 das mulheres sofreram violência durante o trabalho de parto!!!

Esse é um dado alarmante!!!! E se refere não apenas a violência física, mas a violência verbal e ao desrespeito aos direitos das mulheres.
No dia Internacional da não Violência Contra as Mulheres devemos chamar a atenção para a violência durante o parto e responsabilizar cada profissional de saúde que apóia as mulheres durante o seu parto por interromper esse ciclo de violência.

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