domingo, 21 de agosto de 2011

CUIDADOS COM O CORDÃO UMBILICAL: UMA MARCA PARA TODA A VIDA


           Muitas pessoas que visitam esse blog já devem ter escutado sobre as mais variadas maneiras de se cuidar do coto umbilical do recém nascido. Desde suas avós a vizinhos mais antigos ou até parentes próximos mesmo, as formas de se fazer com que o coto caia são das mais inimagináveis possível indo desde a famigerada moedinha amarrada com uma faixa até teias de aranha, folhas de fumo, azeite de galinha, e por aí se segue.


            Quando em centros de saúde na atenção primária falamos com as mães que apenas utilizem o álcool absoluto elas, com medo desse produto, aceitam as orientações dos profissionais enfermeiros e médicos, mas no individual de seus lares o procedimento é outro e por isso as estatísticas de tétano neonatal não caem com facilidade. Isso, pois, o uso desses produtos pode levar o bebê a ser acometido pelo tétano neonatal (chamado por nossas antepassados de mal de sete dias e que nesse tabu não se permitia que as visitas estranhas entrassem nas residências do recém nascido por acreditarem ser um mal trazido pelos visitantes, não sabendo que a causa era interna, dentro da própria família utilizando produtos que trazem sujidades para a criança).

            Uma atenção aos sinais é necessária. Caso haja uma vermelhidão seguida de calor no arredor do umbigo. Isso pode ser um sinal de inflamação e por isso as mães devem procurar um serviço de saúde para maiores detalhes, mas nada que cuidados aqui relatados possam dar conta, mas não podemos negligenciar as possibilidades de algum processo inflamatório que em casos de necessidade devem sim, ter acompanhamento médico e se necessário medicação para melhoria do quadro infeccioso.

            Embora a ciência tenha passado por todos esses mitos de cura do umbigo, hoje ela mostra que por ser um tecido em processo de mumificação, mas intensamente vascularizado (duas artérias e uma veia) ele não pode ficar exposto a sujeiras encontradas nos materiais utilizados para a sua deiscência. Então após várias pesquisas chega-se ao consenso que apenas o álcool embebido em gaze é suficiente para a espera limpa e tranquila da queda desse umbigo que ocorre entre sete e quinze dias e que com esse cuidado a sua marca de eficiência ficará por toda a vida.

JARBAS VIEIRA, ENFERMEIRO DO GRUPO ACALANTO
            

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