quinta-feira, 26 de abril de 2012

Filhos idealizados


Já desejou e sonhou tanto com algo ou um lugar que quando teve ou chegou lá acabou se decepcionando?

E quando isso acontece com um filho? Quando ele nasce não é o bebê perfeito idealizado, como faz? E quando começa a crescer e não atende as expectativas? Essas são situações reais que levam muitas mulheres a depressão e conflitos internos. Ou quando não é a criança que sofre tentando atingir expectativas irreais que os pais tem para ela.

Como fugir dessas armadilhas?

Ainda não sou mãe, mas desejo tanto ter um bebê que muitas vezes já me peguei idealizando. Não apenas meus filhos, que já tinham nome, características físicas, personalidade, gostos e desgosto, o que iriam aprender em qual idade. Mas também idealizei minha gravidez, meu parto e a amamentação. Como iria aproveitar cada momento, curtir a barriga, ter um parto domiciliar, com uma festa depois em casa e tempo e calma para amamentar.

Coloquei no passado porque a vida deu muitas voltas. Inesperadas. E muita coisa mudou. Aos poucos a vida que tinha sido planejada e idealizada ia ficando mais longe. Hoje, os filhos idealizados, risonhos e com nomes escolhidos estão ainda mais distante de existirem. Aprender a lidar com essa perda, com esse luto, não foi fácil, mas aos poucos fui entendendo que não podemos planejar o que não depende apenas de nós e as voltas inesperadas da vida são inevitáveis. Depois entendi que comparar a vida idealizada com a que tinha não é justo. Já que a vida sonhada não tem os problemas do dia a dia ou os inesperados, não tem sustos e nem dificuldades, tudo se resolve da melhor forma possível. E a vida real vai correndo com seus altos e baixos.

Aos poucos fui começando a sonhar com o inesperado. Isso quer dizer a não ficar idealizando meu futuro bebê, mas ter certeza de que vou tê-lo, independente dos caminhos da vida, já que é um dos principais objetivos da minha vida. Não idealizar também uma gravidez saudável e tranquila, mas sim trabalhar para ter a estabilidade e tranquilidade sonhada e cuidar da saúde. Não idealizar o parto ideal, mas me informar para que o parto seja meu, com todos os eventos planejados e inesperados que vierem para frente.

Sabe de uma coisa, acho que esse será um exercício para sempre, o resto da vida, nos mais diferentes momentos. Aprendendo a ser feliz com o que está aqui e não com o que sonhamos, mas lutando para conquistar os desejos.

E você futura mamãe já pensou sobre isso? E as mães o que nos contam desse desafio? Descobri que o que mais me ajuda a não viver no mundo dos sonhos e sim do real é ler relatos reais de sucesso, superação, alegrias, conquistas e dificuldades de mulheres reais.

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