Já desejou e sonhou
tanto com algo ou um lugar que quando teve ou chegou lá acabou se
decepcionando?
E quando isso acontece
com um filho? Quando ele nasce não é o bebê perfeito idealizado, como faz? E
quando começa a crescer e não atende as expectativas? Essas são situações reais
que levam muitas mulheres a depressão e conflitos internos. Ou quando não é a
criança que sofre tentando atingir expectativas irreais que os pais tem para
ela.
Como fugir dessas
armadilhas?
Ainda não sou mãe, mas
desejo tanto ter um bebê que muitas vezes já me peguei idealizando. Não apenas
meus filhos, que já tinham nome, características físicas, personalidade, gostos
e desgosto, o que iriam aprender em qual idade. Mas também idealizei minha
gravidez, meu parto e a amamentação. Como iria aproveitar cada momento, curtir
a barriga, ter um parto domiciliar, com uma festa depois em casa e tempo e
calma para amamentar.
Coloquei no passado
porque a vida deu muitas voltas. Inesperadas. E muita coisa mudou. Aos poucos a
vida que tinha sido planejada e idealizada ia ficando mais longe. Hoje, os
filhos idealizados, risonhos e com nomes escolhidos estão ainda mais distante
de existirem. Aprender a lidar com essa perda, com esse luto, não foi fácil,
mas aos poucos fui entendendo que não podemos planejar o que não depende apenas
de nós e as voltas inesperadas da vida são inevitáveis. Depois entendi que
comparar a vida idealizada com a que tinha não é justo. Já que a vida sonhada não
tem os problemas do dia a dia ou os inesperados, não tem sustos e nem
dificuldades, tudo se resolve da melhor forma possível. E a vida real vai
correndo com seus altos e baixos.
Aos poucos fui
começando a sonhar com o inesperado. Isso quer dizer a não ficar idealizando
meu futuro bebê, mas ter certeza de que vou tê-lo, independente dos caminhos da
vida, já que é um dos principais objetivos da minha vida. Não idealizar também
uma gravidez saudável e tranquila, mas sim trabalhar para ter a estabilidade e
tranquilidade sonhada e cuidar da saúde. Não idealizar o parto ideal, mas me
informar para que o parto seja meu, com todos os eventos planejados e
inesperados que vierem para frente.
Sabe de uma coisa, acho
que esse será um exercício para sempre, o resto da vida, nos mais diferentes
momentos. Aprendendo a ser feliz com o que está aqui e não com o que sonhamos,
mas lutando para conquistar os desejos.
E você futura mamãe já pensou
sobre isso? E as mães o que nos contam desse desafio? Descobri que o que mais
me ajuda a não viver no mundo dos sonhos e sim do real é ler relatos reais de
sucesso, superação, alegrias, conquistas e dificuldades de mulheres reais.
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