Esse
feriado fui para Ubatuba, litoral de São Paulo, aproveitar um pouquinho da
praia e, observando a alegria das crianças na simplicidade das brincadeiras na
areia, tive muita saudade da minha infância passada ali mesmo, nessas areias.
Minha
família tem casa em Ubatuba há muitos anos. com um mês de vida eu já passeava
por lá. Minha mãe também aproveitou a sua infância e adolescência lá.
Muita coisa
ainda é do mesmo jeitinho. Ubatuba ainda mantém o carinhoso apelido de
UbaCHUVA! Fazer castelos de areia com gotinhas na pontinha para fazer a torre e
cavar um buraco tão grande na areia que dá para enterrar um dos primos ali,
ainda são diversões de todas as crianças na Praia Grande. O mar continua com
seu ar de mistério e encantamento, representando ao mesmo tempo diversão e
perigo. Molhar os pés, catar conchinhas, descobrir peixinhos, mergulhar, pegar onda, pular onda, uma infinidade de possibilidades.
Outras
coisas mudaram bastante... a cidade cresceu e os prédios pipocam para todos os
lados... antigamente tínhamos uma casinha de madeira a poucos quarteirões da
praia. A casa era grande e possibilitava que toda a família e amigos fossem
juntos para Ubatuba. Fazíamos grupos de 15 a 20 pessoas entre familiares e
amigos para passar as férias ali. E ainda juntávamos com os primos de segundo
grau, já que o um tio avó também tinha uma grande casa ali. As costas das duas
casas se encontravam e depois de brincarmos o dia inteiro na praia a primeira
coisa que fazíamos era colocar um banquinho na ducha, cercada por bananeiras,
para conversar com quem estava do outro lado do muro, enquanto tomávamos banho.
Agora, estamos todos em pequenos apartamentos, os grupos de férias tem que ser
menores, e às vezes coincide de nos encontrarmos na piscina ou na praia.
Na casinha
de madeira uma das maiores diversões da criançada era lavar a varanda. Com
bastante água e sabão passávamos a tarde escorregando de um lado para o outro
no dia da faxina. E se chovia muito a casa alagava. Mas não tinha problema. Os
adultos pareciam preocupados, mas as crianças tinham certeza que estava por vim
mais um dia de diversão, já que poderíamos surfar na chuva (nas ruas alagadas,
não no mar!) e teríamos que dormir todos amontoados na garagem da casa do tio
avô.
Se a noite
estivesse quente o suficiente o melhor programa era pegar vagalumes.
Colocávamos em potes para que pudessem iluminar o caminho de volta e servissem
de abajur nos quartos depois. Era um encanto que as crianças de hoje não podem
mais conhecer, já que os grandes postes iluminando as ruas calçadas espantam os
delicados vaga lumes.
Com sol ou
chuva, inventando brincadeiras com o que tinha a nossa volta, ou emburrados
quando adolescentes em crise, o bom mesmo era estarmos todos juntos. Tudo
misturado, crescendo, aprendendo e descobrindo o mundo ao lado da família e
amigos que são como família. Acho que isso ainda da pra fazer né, mesmo nos pequenos
apartamentos, manter a família junto deve ser prioridade!
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