terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Ações de Saúde baseadas em Evidências Científicas – Cuidados no Parto


Vamos a mais um da nossa série de Artigo!


Artigo: TECNOLOGIAS NÃO INVASIVAS DE CUIDADO NO PARTO REALIZADAS POR ENFERMEIRAS: A PERCEPÇÃO DE MULHERES



Autores: Natália Magalhães do Nascimento, Thalita Rocha de Oliveira, Jane Márcia Progianti, Rachelli Iozzi Novoa, Octávio Muniz da Costa Vargens (Universidade Estadual do Rio de Janeiro)

Revista: Esc Anna Nery (impr.)2010 jul-set; 14 (3):456-461

Resumo: pesquisa de natureza qualitativa, tipo descritiva, teve como objetivo identificar as atitudes e práticas de enfermeiras obstétricas e discutir seus efeitos durante o trabalho de parto na percepção de mulheres, atendidas em uma casa de parto. Fizeram parte do estudo 12 mulheres, tendo como instrumento de coleta de dados uma entrevista semiestruturada. A análise dos dados evidenciou que as mulheres reconheceram a atitude carinhosa e práticas como a livre movimentação corporal e o estímulo à presença de um acompanhante como as principais tecnologias não invasivas utilizadas durante o trabalho de parto. Quanto aos seus efeitos, as mulheres perceberam que as tecnologias favoreceram seus potenciais internos para tomada de decisões e identificaram as atitudes e práticas das enfermeiras como decisivas para que não desanimassem durante o parto. A postura e o uso pelas enfermeiras de tecnologias não invasivas contribuem para uma melhor percepção das mulheres sobre o seu processo de parto.


Comentários: Para melhor ilustrar o artigo, reproduzimos aqui as falas das puérperas sobre seus partos. As mulheres falando é o resultado real e concreto da qualidade do trabalho das enfermeiras obstétricas e importância das práticas de estimular a deambulação, o cuidado, carinho e acolhimento e a presença do acompanhante durante todo o tempo.

Aqui elas me trataram muito bem! (Ent.05).

O modo deles te tratarem [...] todos com muito carinho! (Ent.08).

Você se sente mais segura... porque quando tive a minha primeira filha, eu nunca tinha ficado num hospital, e quando eu me vi ali sozinha, sem ninguém, entrei em desespero. Mas aqui, não. Aqui me senti mais tranqüila com eles perto de mim [...]. Sei lá. Achei que foi muito legal. (Ent. 06).

Você se sente mais segura... porque quando tive a minha primeira filha, eu nunca tinha ficado num hospital, e quando eu me vi ali sozinha, sem ninguém, entrei em desespero. Mas aqui, não. Aqui me senti mais tranqüila com eles perto de mim [...]. Sei lá. Achei que foi muito legal. (Ent. 06).

Eu só fiz porque eu quis. Eu acho que isso é uma coisa que parte da gente [...] (Ent.11).

[...] o que ajudou também, muito, foi quando o pai dele chegou. Também me tranquilizou bastante. [...] Ele me deu mais força, mais segurança, não que minha irmã, minha sobrinha não desse, mas quando ele chegou, sabe... Ele nasceu rapidinho (Ent. 01).

Acho que pra gente é melhor ter o apoio da família (Ent.10).

O incentivo é fundamental. Eles me incentivaram e me motivaram a fazer isso (referindo-se aos exercícios físicos). Em momento nenhum me deixaram desanimar. Quando eu já achava que não estava mais aguentando, eles me animavam. São todos muito atenciosos. O carinho é fora de série. [...] (Ent.11).

Eu achei positivo (a deambulação) até porque me deu mais coragem, né? (Ent. 02).

[...] você ter a liberdade de fazer o que quiser. De andar, de ficar em pé, sentada, ir ao banheiro, eu me sentia mais incomodada na hora que as contrações vinham. Então, eu sentava no banheiro, no vaso. Essa liberdade de ir e vir, muito boa, é muito boa mesmo (Ent. 06).

[...] a gente aprendeu a se tocar, saber o que está acontecendo com o teu corpo [...] (Ent. 04).


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