quinta-feira, 5 de julho de 2012

O que significa a amamentação exclusiva?




 Hoje a Organização Mundial de Saúde recomenda que o bebê tenha alimentação exclusiva da amamentação, leite materno, até os 6 meses. A partir dos 6 meses é recomendado a introdução de outros alimentos para complementar as necessidades nutricionais, mas dando continuidade ao aleitamento materno, até os dois anos ou mais.

A amamentação exclusiva por 6 meses diminui as chances de infecção e de desnutrição e obesidade das crianças em todo o mundo. Isso acontece porque o leite materno tem os nutrientes necessários para a nutrição e proteção imunológica da criança.

Quer dizer que o bebê não vai precisar de mais nada durante os seus primeiros seis meses de vida. Nem mesmo água ou suco são necessários para complementar sua alimentação. Isso pode ser um pouco angustiante para as mães, principalmente no verão. Por isso ter um acompanhamento e orientação do pediatra, que apoie e incentive a amamentação exclusiva, é importante. Já que ai se algo sair do normal e apenas o leite materno não for o suficiente, o pediatra irá orientar.

E o que significa dizer que o leite materno é preparado para suprir as necessidades nutricionais e proteção imunológica do bebê?

O leite é produzido nas glândulas mamárias e armazenado nos alvéolos. Quando estes estão cheios é a hora do bebê mamar. O corpo da mulher vai usar os nutrientes da sua alimentação para compor esse leite. Algumas vezes o leite pode até mudar ligeiramente de cor ou cheiro dependendo do alimento que é ingerido, o que é perfeitamente normal. Alguns bebês têm também cólicas quando a mãe come alimentos muito picantes. Ai é uma questão de observar o comportamento da criança.

Além dos nutrientes dos alimentos o leite é composto principalmente por água, como já falamos, junto com hormônios e anticorpos. Então todos os anticorpos produzidos pela mulher em consequência das doenças que já teve e das vacinas que tomou, são transmitidos ao bebê.

Como esses anticorpos são passados ao bebê mantendo-o protegido, é importante ter orientação do pediatra quanto as vacinas necessárias.

Mas voltando a produção do leite, basicamente produzimos duas partes de leite. A primeira parte do leite é a mais rala, que contém mais água, anti-corpos e hormônios. A segunda parte do leite é a que contém mais gordura e vai garantir o ganho de peso do bebê.
Assim é importante que ele mame as duas partes do leite.

No primeiro mês a criança deve mamar em livre demanda. Quer dizer, toda hora que ela quiser. Aos poucos mãe e filho vão estabelecendo um ritmo que normalmente leva a um intervalo de aproximadamente duas horas. Nesse mês aos poucos a mãe vai aprendendo a reconhecer o choro e suas diferenças. Se é choro de fome, irritabilidade, para chamar atenção, cólica ou outros.

Bebês que mamam em livre demanda passam a se sentir confortáveis e seguros. Não ficam mimados, como diz o mito popular. Inicialmente eles não conseguem perceber seu corpo quando não em contato com o do outro, com a mãe, e a amamentação é o melhor momento para isso, por isso a segurança e aconchego.

Além disso, não entendem o que significa a fome, por isso o choro. A livre demanda é importante para que o bebê possa mamar com calma, se estar irritado de esperar com fome um horário pré determinado. E com calma ele pode aprender com maior facilidade a pega correta!

A partir do segundo mês os períodos entre as mamadas vão se espaçando e aos poucos se estabelecem de 3 em 3 horas.

É importante lembrar que não existe leite fraco. O leite da mãe é sempre suficiente para seu bebê. Quanto mais a criança mama, maior a produção de leite.

O que pode acontecer que diminui a produção de leite e algumas vezes leva as mães a pensar que seu leite é fraco são situações emocionais. O estresse, nervosismo e brigas podem fazer com que a produção do leite diminua. Portanto é importante a mãe estar tranquila, com apoio daqueles que a cercam, evitando situações de estresse.

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