Para:Sra Presidente da República, Sr. Ministro da Saúde, Srs. Secretários Estaduais e Municipais da Saúde
Os cidadãos abaixo assinados reivindicam dos responsáveis pela
saúde nos Municípios, Estado e Federação, revisão no protocolo de
assistência aos recém-nascidos, com base em evidências científicas,
visto que a maioria dos procedimentos realizados são de rotina, e não
são justificados em recém-nascidos saudáveis.
Aspiração - bebês nascidos de parto normal, que estejam bem, não
precisam ser aspirados! Ao passar pelo canal de parto, os pulmões do
bebê são massageados, provocando a expulsão natural dos líquidos.
Entretanto 100% dos bebês nascidos em hospital são aspirados com a
sonda, como parte de protocolo hospitalar. A sonda é um tubo de plástico
enorme que é introduzido até o estômago do bebê. É indicado para bebês
que nascem de cesárea, justamente porque não recebem essa “massagem”
durante a passagem pelo canal de parto.
Colírio de Nitrato de Prata – É um colírio que se pinga em 100% dos
bebês nascidos em hospital como rotina. Na maioria dos casos causa
conjuntivite química, que aparece apenas quando o bebê vai pra casa. A
única indicação é para bebês que nascem de parto vaginal cuja mãe seja
portadora de gonorréia cuja detecção é feita nos exames de pré-natal. Ou
seja, mães saudáveis que tem seu filho via vaginal e bebês nascidos de
cesárea não tem qualquer indicação para uso do colírio!
Vitamina K - A vitamina K via injeção na coxa é feita no berçário,
mas pode tomada via oral que funciona do mesmo jeito. É importante pra
prevenir hemorragias no bebê. Quando tomada via oral, deve ser repetida
mais duas vezes depois que o bebê vai pra casa.
Separação e introdução de fórmulas – Na maioria dos hospitais em
nosso país, os bebês assim que nascem vão para o berçário para passarem
por todo protocolo hospitalar e para passar a maior parte do tempo no
berçário. A justificativa é de que a mãe precisa descansar. Porém o bebê
pode e deve ficar no quarto com o acompanhante (direito garantido pela
lei 108/05). O pior da separação, é a introdução de fórmulas enquanto os
bebês estão no berçário, prejudicando o aleitamento materno e a saúde
do bebê. O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde
enfatizam cada vez mais a importância do contato pele a pele assim que o
bebê nasce, e a amamentação imediata.
Os signatários
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