Conhecer um pouco sobre o desenvolvimento infantil é sempre legal para saber como estimular seu filho da melhor forma! Então vamos pincelar um pouquinho sobre esse assunto!
É importante ressaltar que vamos falar aqui do desenvolvimento normal, onde estabelecemos parâmetros para o que devemos esperar. Acontece que não podemos nos esquecer que cada criança é única, com seu contexto familiar e escolar. Quantas vezes as crianças de hoje não nos surpreendem com ações e falas que não esperaríamos para a sua idade? Falar do que esperamos é importante, mas no caso de dúvida o melhor é conversar com um profissional, que vai poder dizer se o que está acontecendo é algo que a criança vai superar sozinha ou que precisará de ajuda.
A criança começa seu desenvolvimento desde dentro do útero. Por volta da 20ª semana de gestação ela já pode ouvir os sons. Ouve os sons de dentro do corpo da mãe, como o batimento cardíaco e a respiração e também todos os sons que vem de fora. Por isso é importante já conversarmos com o bebê ainda dentro da barriga. Uma boa forma de fazer isso é contando histórias. Assim quando o bebê nasce, já reconhece a voz daqueles que estiveram por perto durante a gestação, se sentindo seguro.
Ao nascer o bebê começa a descobrir o mundo a sua volta e aos poucos entendê-lo, desenvolvendo a linguagem, junto com o motor. Um está associado ao outro. Nos primeiros dias o bebê começa a perceber o seu corpo quando esta em contato com o da sua mãe, principalmente no momento da amamentação.
A amamentação correta e especialmente nos primeiros seis meses de vida é fundamental para garantir uma boa nutrição da criança e também o desenvolvimento das estruturas da face. Quando ela esta sugando o seio e fazendo um esforço para isso, esta propiciando um desenvolvimento adequado, que depois vai interferir na respiração, no posicionamento dos dentes e na fala.



Nessa fase o que mais temos que nos preocupar é se a criança esta explorando os objetos bem, se tem interesse pelo o que esta a sua volta e principalmente aos sons. A criança com nove meses já deve ter atenção aos sons, procurando quando algum lhe chama atenção a sua direção, identificando as vozes mais familiares.
Dos 12 aos 18 meses consegue sentar-se sozinho em uma cadeira pequena, é capaz de pegar pequenos objetos e passar páginas de livros, segura no lápis e imita traços do desenho. Comunica-se por palavras-frases, ou seja, a criança utiliza uma palavra para expressar uma idéia completa (frase). Exemplo: Num momento a criança diz: “bola”. (Chamando a atenção do adulto para pegar a bola e jogar para ela). Espera sempre uma resposta do outro para continuar falando. Muito rápido vai aprendendo novas palavras e já consegue localizar exatamente de que direção vem um som.

Dos dois aos três anos espera-se que a criança vá aprimorar as habilidades que adquiriu até agora. Já vai poder tirar a fralda e começa a se sentir mais independente. Já começa a fazer frases com até quatro palavras, se chama de neném, entende ordens simples e repete o que lhe foi dito. Nessa fase a fala da criança precisa ser entendida por todos a sua volta.

Dos quatro aos seis anos a criança já vai usar frases mais elaboradas, por isso já consegue compreender tudo o que é dito e identifica as palavras que não conhece em uma frase. Já consegue contar e recontar historias, com inicio meio e fim. Começa a se prepara para aprender a linguagem escrita. Por isso é importante que já tenha conseguido superar todas as fases do desenvolvimento da linguagem oral, para não ter dificuldades na escrita.
O que podemos fazer então para criar ambientes de estimulação adequados para as crianças, ajudando em seu desenvolvimento?
São ações simples como:
- Criar uma rotina para a criança;
- Oferecer diferentes estímulos às crianças;
- Conversar com a criança como uma criança, mas sem usar palavras erradas.;
- Ter espaço para que brinquem no chão;
- Ter espaço para brincar fora de ambientes fechados;
- Contar histórias com início, meio e fim, estimulando a criatividade das crianças;
- Sempre nomear objetos e o que estiver ao redor, em um contexto da criança;
- Direcionar a conversa para seu filho e dar tempo para ele/ela responder;
- Evitar completar a sentença para a criança;
Texto por: Luísa M M Fernandes
(Fonoaudióloga – Crfa 6630 e Doula)
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