terça-feira, 15 de março de 2011

Parto Domiciliar

Se alguém não conseguir entender a sua escolha por um parto em casa e você já estiver cansada de explicar, esse vídeo pode ajudar muito!


Uma explicação simples...

A melhor propaganda de todos os tempos!!!!

domingo, 13 de março de 2011

Hipnose - Analgesia sem medicamentos no parto

 Sistema de saúde britânico estuda uso de 
hipnose em partos

Pesquisa com 800 mulheres pretende descobrir se técnica reduz a necessidade de anestesia durante o parto normal.

BBC Brasil


O sistema público de saúde britânico, o NHS, está estudando oferecer cursos de auto-hipnose a mulheres grávidas como uma forma de aumentar o número de partos naturais (sem uso de anestesia) e reduzir custos.

O método, conhecido de forma geral como "hypnobirthing", tem crescido em popularidade na Grã-Bretanha nos últimos anos, e promete ensinar às futuras mães técnicas de respiração e relaxamento profundo que levariam a um parto sem stress e com pouca ou nenhuma dor.


A moradora de Londres Simone O'Neill, de 37 anos, descreve o parto de seu filho, em outubro de 2010, como "o mais perfeito que alguém poderia ter".

Segundo ela, Ludo nasceu com 4,4 kg, em um parto completamente natural e sem os gritos normalmente associados à ocasião.

O'Neill frequentou um curso completo de 12 horas de "hypnobirthing" e disse à BBC Brasil que o uso de hipnose fez toda a diferença para ela, mesmo já tendo passado pela experiência de dar à luz sem nenhuma anestesia com sua filha mais velha.

"Desta vez, foi muito mais rápido e eu me senti totalmente segura. Enquanto com a minha filha eu passei mais de duas horas empurrando, meu filho levou apenas alguns minutos para sair", conta ela.

"Você aprende a relaxar, a trabalhar com o seu. Eu tive meu bebê em casa e as parteiras só olharam, não tiveram de fazer nada".

Pesquisa
A pesquisa sobre a eficácia da hipnose durante o parto está sendo realizada por cinco universidades britânicas e vai ter uma duração total de dois anos.

Mais de 800 mães de primeira viagem vão participar de duas sessões de 90 minutos de duração perto da 32ª semana de gravidez, nas quais parteiras especialmente treinadas ensinarão as técnicas de auto-hipnose, em um estudo patrocinado pelo Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde (NIHR) e conduzido pelo East Lancashire Hospital Trust.

Elas serão então acompanhadas durante o parto e comparadas a mulheres que não receberam as aulas para saber se a hipnose fez com que menos delas optassem pela peridural, uma injeção de anestésico aplicada na coluna com uma agulha.

As mulheres que fizerem o curso de hipnose também serão acompanhadas nas duas semanas seguintes ao parto para que se possa estudar os efeitos do curso de forma mais ampla.

"Há provas de que a auto-hipnose funciona bem em outras áreas da saúde. O NHS já usa o método em pacientes com dor crônica, síndrome do intestino irritável e asma por exemplo", disse Soo Downe, especialista da Central Lancashire Unicersity, que coordena o projeto.

"A ideia é dar às mulheres a capacidade de conduzir seu próprio parto, reduzindo a necessidade de intervenções externas, que tornam o processo mais perigoso para mãe e bebê".


"Medo e ansiedade"


O conceito de se usar hipnose no parto é antigo. No livro do médico Grantly Dick-Read Parto Sem Medo, de 1933, o pesquisador britânico concluiu que o medo e a tensão são responsáveis por 95% das dores do parto, que poderiam ser eliminadas com técnicas de relaxamento profundo.

"Todos nós crescemos com histórias negativas sobre partos, imagens aterrorizantes em filmes, relatos assustadores em livros. O "hypnobirthing" ajuda as mulheres a se livrarem desses medos que fazem parte da nossa cultura", disse à BBC Brasil Katharine Graves, fundadora do Hypnobirthing Centre, em Londres.

"Acho que seria maravilhoso que todas as mulheres pudessem ter acesso a isso, portanto o estudo do NHS é positivo, mas temo que duas sessões de 90 minutos não sejam suficientes para que elas tenham uma experiência completa".

Maureen Treadwell, da Birth Trauma Association, que lida com mulheres traumatizadas pela experiência de dar à luz, defende que o uso da auto-hipnose não pode substituir a anestesia.

"É importante que os hospitais britânicos tenham o número necessário de parteiras e médicos e que os recursos estejam disponíveis para que as mulheres façam suas escolhas", disse ela.

"Pode ser mais barato no curto prazo não oferecer anestesia para uma mulher em trabalho de parto, mas pagar o tratamento psiquiátrico de uma mãe traumatizada pela experiência acaba saindo muito mais caro no fim".

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/02/sistema-de-saude-britanico-estuda-uso-de-hipnose-em-partos.html

sexta-feira, 11 de março de 2011

Qual livro interessa mais para meu filho?


Para terminar essa séria de posts sobre a Literatura Infantil, como tinha prometido, vamos para algo mais prático para os pais. O que a criança se interessa em cada idade!

A ideia aqui é ajudar os pais a escolherem as melhores histórias para cada idade!


§  1 a 2 anos: A criança, nessa faixa etária, prende-se ao movimento, ao tom de voz, e não ao conteúdo do que é contado. Ela presta atenção ao movimento de fantoches e a objetos que conversam com ela. As histórias devem ser rápidas e curtas. O ideal é inventá-las na hora. Os livros de pano, madeira e plástico, também prendem a atenção. Devem ter, somente, uma gravura em cada página, mostrando coisas simples e atrativas visualmente. Nesta fase, há uma grande necessidade de pegar a história, segurar o fantoche, agarrar o livro, etc.

§   2 a 3 anos: Nessa fase, as histórias ainda devem ser rápidas, com pouco texto de um enredo simples e vivo, poucos personagens, aproximando-se, ao máximo, das vivências da criança. Devem ser contadas com muito ritmo e entonação. Tem grande interesse por histórias de bichinhos, brinquedos e seres da natureza humanizados. Identifica-se, facilmente, com todos eles. Prendem-se a gravuras grandes e com poucos detalhes. Os fantoches continuam sendo o material mais adequado. A música exerce um grande fascínio sobre ela. A criança acredita que tudo ao seu redor tem vida e vivência, por isso, a história transforma-se em algo real, como se estivesse acontecendo mesmo.

Aos 3 anos as crianças entram no “Conte Outra Vez!”.

E até os 12 anos podemos identificar três fases para a literatura infantil: a do mito, a do conhecimento da realidade e a do pensamento racional.

Na fase do mito se encontram as crianças de 3/4 a 7/8 anos. Predomina nelas a fantasia, o animismo: tanto quanto as pessoas, os objetos têm para a criança alma, reações.

Não existe para ela diferença entre realidade e fantasia, e a leitura a ser feita para a criança desta época é a que também não faz essa distinção: a literatura de maravilhas. Os contos de fadas, as lendas, os mitos e as fábulas são especialmente adequados a essa idade.

A segunda fase (7/8 a 11/12 anos) se caracteriza pelo conhecimento da realidade. A criança tem então maior necessidade de ação: do plano contemplativo da fase anterior, passa ao executivo.

Interessa-se pela experiência do homem e da ciência. Valoriza o esforço pessoal, o engenho do herói para vencer os obstáculos.

A terceira fase (de 11/12 anos até a adolescência) é a do pensamento racional. Começa na criança o domínio das noções abstratas. Caracteriza-se por uma segunda fase egocêntrica, mas diferente da que ocorre a partir dos 3 anos, por ter caráter social.

As fases se misturam e claro que cada criança tem as suas preferências! Que devem ser respeitadas!

Espero que essas dicas ajudem a formar leitores ávidos por novidades!!!!

Texto por: Luísa M M Fernandes
(Fonoaudióloga – CRFa 6630 e Doula)

quinta-feira, 10 de março de 2011

Lendas - Tradição Oral

O termo lenda origina do latim legenda/legen – ler. Nas primeiras idades do mundo, os homens não escreviam. Conservavam suas lembranças na tradição oral. Onde a memória falhava, entrava a imaginação para suprí-la e a imaginação era o que povoava de seres o seu mundo.

 

 

Todas as formas expressivas nasceram, certamente, a partir do momento em que o homem sentiu necessidade de procurar uma explicação qualquer para os fatos que aconteciam a seu redor: os sucessos de sua luta contra a natureza, os animais e as inclemências do meio ambiente, uma espécie de exorcismo para espantar os espíritos do mal e trazer para sua vida os atos dos espíritos do bem.

A lenda, em especial as mitológicas, constitui o resumo do assombro e do temor do homem diante do mundo e uma explicação necessária das coisas. A lenda, assim, não é mais do que o pensamento infantil da humanidade, em sua primeira etapa, refletindo o drama humano ante o outro, em que atuam os astros e meteoros, forças desencadeadas e ocultas.

A lenda é uma forma de narrativa muito antiga, cujo argumento é tirado da tradição. Relato de acontecimentos, onde o maravilhoso e o imaginário superam o histórico e o verdadeiro.

Geralmente, a lenda está marcada por um profundo sentimento de fatalidade. Este sentimento é importante, porque fixa a presença do destino, aquilo contra o que não se pode lutar e demonstra o pensamento do homem dominado pela força do desconhecido.

De origem muitas vezes anônima, a lenda é transmitida e conservada pela tradição oral.

Texto por: Luísa M M Fernandes
(Fonoaudióloga – CRFa 6630 e Doula)

quarta-feira, 9 de março de 2011

Rimas e Ritmos na Poesia


A criança gosta da poesia, pois o mundo infantil é cheio de imagens, fantasia e sensibilidade como o da poesia. O gênero poético tem uma configuração distinta dos demais gêneros literários. Sua brevidade, aliada ao potencial simbólico apresentado, transforma a poesia em uma atraente e lúdica forma de contato com o texto literário.

Há poetas que quase brincam com as palavras, de modo a cativar as crianças que ouvem, ou lêem esse tipo de texto. Lidam com toda uma ludicidade verbal, sonora e musical, no jeito como vão juntando as palavras e acabam por tornar a leitura algo muito divertido. Como recursos para despertar o interesse do pequeno leitor, os autores utilizam-se de rimas bem simples e que usem palavras do cotidiano infantil; um ritmo que apresente certa musicalidade ao texto; repetição, para fixação da idéias, e melhor compreensão dentre outros. As rimas são tão gostosas de se ler e ouvir, quando bem escolhidas, com o nesse poema de Vinícius de Moraes publicado no livro A arca de Noé:

O pingüim

Bom dia, Pingüim
Onde vai assim
Com ar apressado?
Eu não sou malvado
Não fique assustado
Com medo de mim.
Eu só gostaria
De dar um tapinha
No seu chapéu de jaca
Ou bem de levinho
Puxar o rabinho
Da sua casaca.

O fato da rima ser simpática e lúdica não significa que ela seja obrigatória e que não existam versos livres. O ritmo é outra marca essencial da poesia. É o que possibilita o acompanhamento musical do que é lido ou ouvido. A poesia pode ser lindamente bailável, rodopiante, leve, como nesse poema de José Paulo Paes em É isso ali:

Valsinha

É tão fácil
dançar
uma valsa
rapaz...

Pezinho
pra frente
Pezinho
pra trás.

Pra dançar
uma valsa
é preciso
só dois.

O sol
com a lua
Feijão
Com arroz.

Os poemas podem retratar os sonhos, os desejos, as vontades e fazem que surja no leitor a visualização de seus próprios anseios ou idéias de felicidade. A poesia fala, sobretudo de emoções, sentimentos vividos, fala de amor, de saudade, de admiração. Também pode falar de tristeza, por não? A poesia pode falar ainda das experiências, vivências infantis.

Para trabalhar a poesia com as crianças podemos lê-la em voz alta com a emoção que o poema desperta. Podemos encontrar poesias que mexam com o sensorial (visão, olfato, paladar...) Podemos musicar a poesia, criar uma melodia e podemos ainda escrever nossos próprios poemas.

  Texto por: Luísa M M Fernandes 

(Fonoaudióloga – CRFa 6630 e Doula)