Eu sempre
adorei livros. Desde pequena tenho sempre um livro comigo. Ler para mim é
mergulhar em um mundo paralelo, vivendo cada uma das historias junto com os
personagens. Depois de cada livro uma janela de possibilidades é aberta na
imaginação, no conhecimento, na cultura e no cotidiano.
E
especialmente adoro livros infantis. Encanto-me com a simplicidade e
complexidade em cada um deles. Apaixono-me por cada pagina, com gravuras e espaço
para criar na imaginação. Divirto-me pensando como cada criança vai receber aquela
historia e transportar o que aprende no livro para seus desafios do dia a dia.
Quem quiser saber mais sobre esse assunto já fiz aqui no blog uma série de
posts sobre esse assunto, clica aqui para ler!
Tenho uma
grande coleção de livros infantis de todas as idades, livros preservados da
minha infância e do meu irmão, e que vou crescendo aos poucos todas as vezes
que me deparo com um livro apaixonante. E recentemente resolvi começar uma
coleção de livros infantis dos países que visito.
Em cada
país que chego vou procurar uma livraria. Descobrir as livrarias nos diferentes
cantos do mundo já é uma aventura. Tem as grandes, as pequenas, as
especializadas em livros infantis, aquelas que mais parece um shopping e outras
que mais parecem a sala de uma casa! Ai vou perguntando nas livrarias, nos
hotéis, nas ruas e para todos que encontro que moram na cidade, a indicação de
um livro infantil que seja uma historia tradicional do país, dessas que as mães
contam para os filhos antes de dormir. E peço que o livro seja na língua do
país.
A surpresa
das pessoas me divertiam. Mas você quer um livro para você? Um livro de
criança? Mas você fala tcheco? Não prefere conhecer uma loja para turistas do
que uma livraria? E depois passada a surpresa as pessoas começam a me contar as
historias do seu país, como preencheram a sua infância, a saudade que deixou
cada livro e a cultura de cada local permeando as historias.
Na
Inglaterra encontrei o “The Tale of
Benjamin Bunny” de Beatrix Potter – O conto do coelhinho Benjamin. O livro
foi publicado pela primeira vez em 1904 contando a historia de um coelho do
interior da Inglaterra em um mundo paralelo e similar ao dos humanos. O livro
foi um sucesso imediato e virou um clássico da literatura infantil. Mais tarde
o livro teve sequencias infantis e com o Benjamin adulto e depois virou um
desenho animado de sucesso.
Na Itália
escolhi o clássico Pinóquio – Pinocchio de
Carlo Colodi. Todos nós conhecemos bem as desventuras do menino de madeira com
o nariz que crescia a cada mentira. Além do obvio dilema da mentira na vida das
crianças o livro fala também de dedicação, amor e respeito na relação entre Pinóquio
e seu criador/pai Gepeto. A história se passa em uma pequena vila italiana e
publicada pela primeira vez em 1883.
Na Irlanda
encontrei um delicado livro sobre o Conto dos Duendes – Leprechaun Tales – Os duendes fazem parte da historia da Irlanda a
milhares de anos, quer dizer, desde que se pode lembrar, como eles gostam de
dizer por lá. Pequenos homenzinhos encantados, vestidos de verde, que produzem
sapatos e guardam suas moedas de ouro em potes ao final do arco íris. Duendes e
arco Iris são encantadores e fascinantes em toda a parte do mundo. O conto que
fala de amizade, responsabilidade no trabalho, sorte e honestidade faz parte da
historia dos pequenos irlandeses desde sempre!
Nos Estados
Unidos escolhi o Ursinho Puff e o amor – Pooh
Lover. A primeira aventura do Ursinho Puff foi publicada em 1926 e os
personagens receberam o nome dos brinquedos do filho do autor, A. A. Milne. Seu
filho foi também a inspiração para o personagem Christopher Robin que é
protagonista junto com Puff nessa historia que fala do amor entre amigos,
mostrando a delicadeza e doçura do ursinho que não resiste a um pote de mel.
Anos depois as aventuras do Puff foram transformadas em filme pela Disney e os
personagens inspirados nos brinquedos preferidos do pequeno Christopher
ganharam os corações de todas as crianças pelo mundo.
Na Tchecoslováquia
foi o maior desafio de escolher o livro. A dona da pequena livraria não falava inglês!
Mas acho que escolhi bem com as suas indicações o livro Viju, viju venecek da autora Jirina
Rakosnikova (os nomes tem acentos que o computar não conhece, então não deu
para escrever direito! Deem uma espiada ai na foto!). A tradução do nome é algo
como “olhem, olhem a grinalda”. Na verdade é uma expressão que usam nas musicas
infantis tradicionais. O livro são poemas e pequenas cantigas tradicionais,
cantadas por todos no pais, das crianças aos avós.
Na Alemanha
não consegui me decidir por um só e acabei escolhendo um que traz uma coletânea
dos contos clássicos da Alemanha. Max e Moritz é a historia de dois meninos que
aprontam no seu vilarejo, brincadeiras de moleque mesmo, e foi escrito em 1865.
O Struwwelpeter – traduzindo ao pé da letra fica Peter o Menino Desgrenhado - foi
escrito em 1917 e conta historias do que acontece com as crianças mal criadas.
Bom... depois conto mais das outras historias que ainda não li!!!
Na Holanda
encontrei o Jij bent de liefste –
Você é o mais doce – também é um livro de poesias, que a pequena menina vai
recitando no seu sonho. O sonho que se passa na cidade de Amsterdã no mundo que
apenas a pequena conhece, junto com seus brinquedos.
Na Bélgica
encontrei um livro que também fala sobre o sono, dessa vez de duas criançaas
que tem medo do escuro, mas quando tem coragem para ver o que esta a sua volta,
descobrem um mundo maravilhoso. Em flamengo, a língua da Bélgica o livro se
chama Mats en de Moedmannetjes bang in het donker.
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