quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Acalanto e 764 KIDS – resultado do sorteio


No mês de fevereiro o Acalanto junto com seu parceiro 764 Kids organizou a Promoção do Crocs! São sapatos charmosos e confortáveis para os pequenos de qualquer idade fazerem bastante bagunça!



Perguntamos aos nossos concorrentes onde eles levariam seus pequenos com o CORCS e olham só as respostas!

- Fernando de Noronha

- Jardim Botânico de Recife


- Parquinho

- Inhotim

- Areia Preta

- No zoológico para ver as Girafas


Delícia né! Muitos passeios gostosos e muita diversão!

E a ganhadora do sorteio é...



Rafaella Viana Valença!!
De Recife Pernambuco

Depois queremos ver as fotos do passeio assim que o pequeno que ta chegando nascer!!!!

E aguardem os próximos sorteios!!!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Ministério da Saúde inclui duas novas vacinas no Calendário Básico de Vacinação da Criança


A partir do segundo semestre de 2012, o Calendário Básico de Vacinação da Criança ganhará mais duas novas vacinas. Com o intuito de manter a poliomielite erradicada no Brasil, o Ministério da Saúde incluiu uma vacina injetável contra a doença no calendário de rotina.
A Vacina Inativada de Poliomielite (VIP) irá complementar a campanha nacional de imunização contra a doença, que é feita por via oral. A VIP será aplicada aos dois e aos quatro meses de idade e a oral será utilizada nos reforços, que serão feitos aos seis e aos 15 meses.
ATENÇÃO: apenas as crianças que estão iniciando o Calendário terão direito a esta nova imunização.
Além dessa novidade, a vacina pentavalente, que protege contra cinco doenças (difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo b e hepatite B), passa a fazer parte do Calendário. Essa nova imunização combina a atual vacina tetravalente com a da Hepatite B.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, acredita que a inclusão dessa nova vacina ajudará a diminuir as idas aos postos de saúde e, claro, as picadas nas crianças.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Os primeiros cuidados com o bebê e o pós parto – Parte final do Plano de Parto


Esse é o ultimo post sobre o Plano de Parto! É um plano de parto que inclui o depois do parto e não só os cuidados com a mulher, mas também com o bebê.

As mulheres que tem o seu parto normal ou natural gastam muita energia e a emoção do parto se mistura com o amor pelo bebê o cansaço e a energia que vem logo em seguida. Esse momento deve ser o mais intimo possível da família! Fotos também são muito bem vindas (atenção para o flash incomodando o mais novo membro da família).

O contato pele a pele mãe e bebê imediatamente após o parto deve estar presente em todos os Planos de Partos. Sabe-se que esse é um momento do estabelecimento do vínculo entre os dois, um reconhecimento emocional e estimulado por hormônios de quem viveu como um só por 40 semanas, mais ou menos. Esse contato pele a pele, mantendo o bebê seco, independente de qual for o tipo de parto, pode ser feito e ajuda inclusive o recém nascido a manter a sua temperatura e a aprender a controlá-la.

Os cuidados mais imediatos com o bebê como aspirar a narina e garganta, se necessário, e medir o APGAR (saiba mais sobre isso no clicando aqui) podem ser feitos no colo da mãe! É legal combinar isso com a equipe pediátrica. Esse momento imediatamente após o parto é também a hora de estimular a amamentação. Amamentar e sugar na primeira meia hora de vida é um dos fatores fundamentais para um bom aleitamento materno prolongado. Estimula o colostro a descer, acalenta o bebê, ajuda o bebê a aprender a coordenar seu reflexo de sucção para uma boa pega e estimula a produção de ocitocina natural, auxiliando na expulsão da placenta.

Não abra mão nunca de colocar o seu bebê para sugar no peito imediatamente após o parto em nenhuma situação. É claro que, como sempre, falamos aqui de bebês que nascem a termo e saudáveis, em casos extraordinários e adversos é necessário uma avaliação.

Falando da expulsão da placenta, o melhor é que ela saia naturalmente. Alguns hospitais tem como protocolo aplicar ocitocina artificial para ajudar na expulsão da placenta. Esse procedimento pode ser discutido com a equipe e realizado se necessário. Ah! Depois que a placenta for verificada você pode pedir para levar com você para casa!

Bom, se falamos de placenta, logo pensamos no cordão umbilical. O Plano e Parto deve conter o desejo da família quanto ao clampeamento e corte dele. O pai pode querer cortar, ou outro membro da família. E a mulher pode solicitar o clampeamento tardio do cordão umbilical, isso quer dizer, alguns minutos após o parto, quanto parar de pulsar, permitindo eu o sangue nele passa para o bebê e diminuindo as chances posteriores de anemia. Esse clampeamento tardio não é possível nos casos em que a família optar por colher células troncos do cordão umbilical para armazenar ou doar.

A mulher pode ainda destacar seus desejo quanto aos cuidados com o bebê, como:
- O banho: é bom saber o protocolo no caso de partos hospitalares, mas é possível, independente deste, que o banho seja dado pela mãe no dia seguinte, mantendo o vernix - camada branquinha que fica na pele dos bebês - para proteção e nutrição da pele.
- Vitamina K: é ministrada normalmente por seringa, e ajuda a evitar uma futura anemia. Existe também um tipo que é ministrado via oral. É necessário verificar no hospital essa disponibilidade.
- Nitrato de Prata: ministrado em gotas, nos olhos de todos os bebês e vagina das meninas. É usado como protocolo de rotina, mas só tem função no caso de mulheres com exame positivo para gonorréia, evitando a sua transmissão para o bebê. Essas gostas ardem e deixam os pequenos com os olhos inchados. É importante discutir com o obstetra e pediatra a real necessidade desse procedimento.

Depois do parto, em um parto normal, a mulher já pode tomar banho e caminhar com tranquilidade. Deve também ter acesso a comida e líquidos, já que gastou muita energia. As mulheres que tomaram anestesia precisam ser monitoradas para possíveis efeitos colaterais e só podem caminhar depois de avaliadas quanto a mobilidade da perna, para a sua segurança. As mulheres que passaram por cesárea têm cuidados mais específicos, já que acabaram de passar por uma cirurgia abdominal extensa. Independente do tempo de observação necessário para cada mulher, em cada situação, a mulher tem direito a ter um acompanhante com ela, é lei!

Se a mãe desejar pode solicitar, pessoalmente e no plano de parto, que todos os cuidados com o bebê, os mencionados nesse post, outros e ainda as vacinas, sejam realizados na sua presença. O que fica fácil de acontecer quando o alojamento conjunto mãe-bebê. Ou seja, para a tranquilidade e saúde de todos, mãe e bebê devem ficar juntos, dia e noite, com a amamentação em livre demanda.

Algumas mulheres gostam de colocar no Plano de Parto um destaque para eventos inesperados. No entanto, penso que eventos inesperados são inesperados. Ou seja, devem ser lidados a medida em que surgem. O Plano de Parto é construído com o principal objetivo de criar um canal de comunicação aberto entre a mulher e a equipe que a acompanha, além de promover um parto humanizado, independente do local e forma com que aconteça. Então, se as situações e eventos inesperados forem lidados com confiança, respeito, cuidado e muita comunicação vão transcorrer com maior naturalidade e tranquilidade para todos.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Pulando Carnaval


O Carnaval em BH começou oficialmente no final de semana passado! A caminhada dos blocos pela cidade terminou na Praça da Liberdade com uma festa deliciosa, como a cara da praça tem que ser!

Muita gente bonita e feliz, de todos os tipos e todas as tribos se divertindo juntas, com música boa e em paz, sem nenhuma briga. Falaram em 10 mil pessoas por lá! Sinceramente, nem parecia, de tão tranquilo que estava, inclusive com a presença de muitas famílias com bebês e crianças se divertindo em um dia que até os adultos saem fantasiados.

Aliás o carnaval é uma ótima época para as fantasias, dos adultos e das crianças! E com certeza os pequenos também podem fazer parte da folia, não apenas em bailinhos próprios para eles, mas junto com todos! Aqui em BH é muito tranqüilo e imagino que em outras cidades também!

Algumas dicas para que o passeio seja super agradável para todos!
1-    Fantasias leves e frescas, já que o calor felizmente não da trégua!
2-    Muuuuiiitaaa água!!! Já saia de casa com um estoque de garrafinhas e lembre de oferecer de tempos em tempos para os grandinhos!
3-    Para os pequenos que ainda estão no peito, na melhor do que a amamentação para a hidratação.
4-    Chapéus e protetor solar são itens indispensável!
5-    Se for caminhar junto com os blocos é importante uma estratégia para carregar os pequenos sem se cansar, como carrinhos e/ou slings, já que eles com certeza não dão conta da caminhada toda, mesmo aparentando um fôlego interminável!
6-    Não deixe de levar também lanchinhos, como frutas e sanduiches.
7-    Outra ideia é planejar o horário de saída, evitando os horários de pico do sol, ou planejar encontrar com o trio na concentração ou chegada, como foi na Praça da Liberdade aqui em BH.

Tenho certeza que com essas dicas e disposição todos vão se divertir muito no carnaval!!!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O desenvolvimento emocional da criança

O mais importante numa relação entre pais e filhos é o amor. Toda criança espera ser amada e só assim passa a retribuir esse amor.

Desde que nasce, enquanto cresce e se desenvolve precisa sentir-se querida, procurada, ajudada, elogiada, para crescer emocionalmente equilibrada e desenvolver na vida adulta todo seu potencial humano.

E quem cria, implanta essa primeira regra da vida em família é a mãe, com carinho, alegria, serenidade, presença física e atenção.

Um amor feito de gestos, de dedicação e não apenas de palavras.

Também o pai tem um papel insubstituível nessa tarefa: ele ajuda a criar uma base segura com amor e entendimento, para que a criança se torne um adulto feliz.

Para respeitar uma criança é necessário aceitá-la do jeito que é, entender que ela vai crescer e construir sua própria vida, de modo diferente do que fizeram pai e mãe.

É ensinar-lhe as normas de convivência já sabendo que ela vai praticá-los a seu modo, com seus limites, inclinações e imperfeições. Precisamos saber que a grande meta na vida dessa criança é tornar-se ela própria e não uma simples repetição do que somos ou fomos.

Um bebê, uma criança, é incapaz de compreender relações humanas, analisar situações ou tomar decisões.

Ela age movida apenas por suas necessidades, medos e aflições.

Assim, não se pode dizer que ela respeita ou desrespeita a mãe ou o pai. Ela deve ser entendida, acalmada, amparada. Com paciência, tolerância, até que o tempo ajude amadurecer e a fazer suas escolhas.

Essa grandeza é o sentido maior da maternidade: plantar, sempre e por muito tempo, e sem cobrança, gestos de amor que serão modelos para as futuras ações dessa criança.

Fonte: Revista Materlife setembro de 2011

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A fase expulsiva – a hora P!


A fase expulsiva, ou seja, o nascimento e os momentos que o precedem é caracterizada pela importância da conexão da mulher com seu corpo. Carinhosamente as mulheres relatam estar na Partolândia, ou seja, concentradas no parto.

Nesse momento, mais do que nos anteriores, durante o trabalho de parto, não é legal os acompanhantes e profissionais de saúde encherem a grávida de perguntas. O ideal é perceber o movimento dela e ir ajudando-a nesse momento importante. É a hora de fazer força, mas a mulher conectada com seu corpo e não anestesiada sente o puxo, uma vontade de empurrar para o seu bebê nascer. A força direcionada pelos profissionais da equipe e acompanhantes nem sempre faz sentido para a mulher e essa percepção é importante.

Durante o puxo e nos intervalos da contração é fundamental observar a respiração, e com calma e sintonia os acompanhantes e a doula podem ajudar a gestante nesse momento. A posição da gestante na expulsão faz também toda a diferença.

A mulher deve ter liberdade para sentir seu corpo e perceber qual a melhor posição para seu bebê nascer. Seja agachada, sentada, recostada, de pé, de cócoras, na agua... dificilmente a posição de litotomia é a escolhida, já que deitada com os pés para o alto a mulher dificilmente consegue fazer força e respirar tranquilamente, além de ter a passagem diminuída pela posição do cóxi da mulher e não ter a ajuda da gravidade.

Muitos obstetras ainda tem o hábito de realizar episiotomia de rotina. A episiotomia é um corte feito pelo médico no períneo da mulher que supostamente facilita a saída do bebê. No entanto, esse procedimento só deve ser realizado em casos de necessidade, já que normalmente o bebê não precisa de ajuda para sair, especialmente se a mulher puder escolher a sua posição no período expulsivo. Alguns profissionais dizem realizar a episio para evitar que o períneo se rasgue, no entanto, sabemos que para a recuperação do músculo e a cicatrização da pele é melhor que o períneo rasgue naturalmente, se isso acontecer (sendo que a mulher pode fazer exercícios durante a gestação para diminuir essa probabilidade), do que se for cortado artificialmente.

Existe um mito de que o período expulsivo precisa ser rápido. O que não é verdade. Desde que o bebê esteja bem, sendo auscultado de tempos em tempos, o período expulsivo, que só começa após os 10 cm de dilatação do colo do útero, deve respeitar o ritmo de cada mulher, conectada com seu corpo.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Problemas Emocionais

Criar filhos saudáveis, competentes e felizes é o sonho cultivado por todo pai e por toda mãe. Mas como fazê-lo? Começando com o autoconhecimento e do conhecimento do seu filho e analisando a prática de educação. Educar é repetir. Parece simples não é? Mas, muito do que fazemos no consultório é em ensinar o simples [...]

Criar filhos saudáveis, competentes e felizes é o sonho cultivado por todo pai e por toda mãe. Mas como fazê-lo? Começando com o autoconhecimento e do conhecimento do seu filho e analisando a prática de educaçãoEducar é repetir. Parece simples não é? Mas, muito do que fazemos no consultório é em ensinar o simples para quem educa, pois por ser muito simples pode se tornar invisível aos olhos dos pais.
Cuidado com o que fala aos seus filhos. Que tipo de beneficio terão eles se falar “não adianta, você não muda mesmo”, “como você é bobo”, “deixa isso pra lá, você não consegue mesmo”, “você deixa qualquer um louco”, ou ainda “não sei mais o que fazer, você é terrível”. Pense se estas frases tem, de fato, ajudado a mudar o comportamento do seu filho. Não há por que ele não acreditar, afinal, você, com sua autoridade de pai ou mãe é quem esta fazendo tais afirmações, de que ele é frágil, impulsivo ou impossível. O engraçado é que ninguém repete muitas vezes que você é competente, alegre, sensato ou agradável.
Em qualquer fase da vida agimos em função das conseqüências dos nossos comportamentos. Se trouxerem algum beneficio, eu tendo a repeti-los sempre que tiver oportunidade. Por outro lado, se as conseqüências das minhas ações forem desagradáveis, eu tendo a evitá-las. Um bebê quando chora e é imediatamente reconfortado, aprende logo cedo que chorar tem como conseqüência algo prazeroso, o conforto e o aconchego do colo da mãe. Sua tendência é chorar novamente apenas para trazer sua mãe para perto. É claro que muitas outras coisas controlam o comportamento de chorar do bebê, como seu temperamento, mas a conseqüência imediata de seu comportamento é uma delas.

Se você está passando por essa situação, experimente reconfortar seu bebê no próprio berço, afagando-o, conversando com ele, acalmando-o, mas sem tirá-lo de lá. Claro que não é uma tarefa fácil. Na gravidez o bebê passou nove meses ouvindo as batidas do coração da mãe e a voz dos pais, o que se tornou familiar para ele. Assim, você pode usar sua voz para acalmá-lo, ao invés do seu colo.
Isso no futuro preparará o seu filho a dirigir sua atenção para sua voz e fará com que ele ouça o que você está dizendo quando quiser interromper uma situação frustrante. Sabemos que pegar a criança no colo a acalma mais rápido, mas você resolverá o seu problema com o choro, mas fomentará a manha da criança. Os pais na maioria das vezes não querem se frustrar com o choro da criança, mas se frustram, depois, no futuro, quando já se instalou a manha. A escolha é sempre sua.
Muitos livros com orientações de como criar e educar filhos emocionalmente saudáveis estão disponíveis para leitura. A seguir você verá um resumo de algumas dessas orientações:
Passe tempo de qualidade com seus filhos: você vive lendo e ouvindo por aí que os pais precisam passar um tempo de qualidade com os filhos. Mas o que é isso na prática? Significa que você precisa passar períodos freqüentes de tempo ininterrupto (nem que sejam apenas 10 minutos) envolvido na atividade preferida do seu filho, como brincadeiras ou um jogo por exemplo. É preciso que você se divirta, senão eles logo percebem que você não está de fato interessado e este não é o objetivo. Por meio desta pequena tarefa, você transmite interesse e carinho proporcionando a troca e o diálogo.

Estimule comportamentos desejáveis: reforce o que seu filho faz de bom, elogie, leia para ele, incentive a leitura, valorize seu desempenho escolar, social, em jogos e atividades, reconheça seus êxitos e suas vitórias. Assim, ele terá boa autoestima e autoconfiança.
Ofereça carinho: abrace, beije, brinque, pegue no colo, dê carinho, diga que o ama. Carinho faz bem em qualquer fase da vida e eleva a autoestima.
Seja exemplo: Os pais são o espelho. Demonstre comportamentos desejados por meio de seus exemplos. É fundamental que nossos filhos aprendam conosco. Há muitos outros modelos concorrendo por aí e nem sempre são os mais adequados.
Estimule habilidades sociais: permita que seu filho se expresse, não fale por ele em situações sociais. A habilidade verbal é fundamental para se socializar (ter amigos, negociar com as pessoas, etc).
Estimule habilidades de empatia: ensinar a se colocar no lugar do outro, a ser solidário. Isso evita o egoísmo e o egocentrismo, ou seja, aquela criança mimada que só pensa nela e não sabe dividir.
Estimule a independência: deixe-o tomar algumas decisões, como que roupa vestir, por exemplo. Fará com que seja mais seguro nas suas escolhas.

Ensine a responsabilidade: é uma escola para a vida adulta. Ensine, monitore e finalmente deixe-o assumir algumas coisas. Comece ensinando a guardar seus brinquedos, arrumar seu quarto, cuidar do cachorro, fazer as tarefas que dá conta.
Negocie regras e limites: ensinar o que pode e o que não pode, o certo e o errado, os tornará adultos mais equilibrados, pois em tudo na vida se tem normas e regras e também as punições.

 Fonte: Revista Materlife 17 de junho de 2011

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

As intervenções e procedimentos médicos durante o trabalho de parto



Já falamos sobre o que é um Plano de Parto e quais as suas características, além do que colocar nele durante a fase latente e ativa do parto. Quem não leu os posts anteriores vale a pena conferir. Nosso objetivo é discutir algumas informações para que cada grávida possa montar o seu plano de parto.


Alguns hospitais e/ou profissionais de saúde ainda não atualizaram seus protocolos obstétricos e por isso é importante que as mulheres conheçam os procedimentos e façam a sua escolha. Sempre, como já falamos, dentro da segurança para a saúde da mãe e bebê e baseada em decisões tomadas com informações, em conjunto, mulher e equipe de saúde.

Muitas vezes assim que a mulher é internada no hospital já colocam o soro na sua veia. Na maioria das vezes é um soro puro, que é colocado para facilitar a possível necessidade futura de medicamentos. Bom... se não é certo que a mulher vai precisar de medicamentos, não é necessário que ela fique ligada a um frasco de soro, que no mínimo, diminui a sua liberdade de movimentação (como já falamos a mulher que se movimenta durante o trabalho de parto mantém o ritmo deste e pode buscar posições que diminuam a dor da contração, além de poder usar banheiros, chuveiro e bolas). Muitas vezes o soro na veia é associado a necessidade de fica em jejum. Não existe essa relação. Se a mulher desejar e conseguir ela pode e deve beber liquidos e se comer alimentos leves e de fácil digestão durante o trabalho de parto, afinal, vai precisar de energia! Caso a mulher não tolere líquido durante o trabalho de parto pode ser necessário sim o soro, para evitar que se desidrate.

Em outros casos o soro já é colocado associado a uma outra intervenção, a ocitocina artificial. Já falamos outras vezes aqui da OCITOCINA, o hormônio que indica ao corpo a necessidade de contração do útero e, sabemos que a utilização desse hormônio de forma artificial pode ser muito útil e importante nos casos especiais de mulheres com contrações insuficientes, ausência de trabalho de parto e outros mais específicos. Mas sabemos também que ele não deve ser usado de rotina, e muito menos sem informar a parturiente, já que o hormônio artificial torna as contrações absurdamente mais doloridas. Isso acontece porque o corpo perde o controle e quem diz ao útero quando e o quanto contrair é o hormônio artificial.

Em alguns hospitais a ocitocina artificial é utilizada também após o parto, para estimular a expulsão da placenta, como rotina. Sabe-se que se a mulher estiver bem, com pouco sangramento e o bebê for estimulado a sugar nos primeiros 30 minutos após o parto, dificilmente existirá necessidade de um hormônio artificial para estimular a saída da placenta. Basta esperar com paciência e observação a resposta do corpo de cada mulher.

Assim que a gestante é internada, além do soro, muitas vezes é realizado também o enema e a tricotomia. O enema é a lavagem intestinal da mulher. Esse procedimento não é necessário e só deve ser realizado se a mulher desejar. Sabemos que ao faze força a mulher pode fazer xixi ou coco, falando da forma mais simples e direta possível. O que é totalmente normal, os profissionais de saúde devem estar preparados, a mulher não precisa se envergonhar e não causa nenhum risco de contaminação do bebê ou a mulher. Sugerimos que a lavagem intestinal seja feita se a mulher achar que ficará muito constrangida com suas fezes, assim ela pode ficar tranqüila ao fazer força para o nascimento.

A tricotomia é um procedimento de conforto para os profissionais de saúde, mas que depois pode causar muito incomodo a mulher. É a raspagem dos pelos da vagina. Já sabemos que os cabelos não apresentam nenhum risco de contaminação do bebê e da mulher e não interferem em nada no parto. As mulheres pode se depilar como de costume com algumas semanas de antecedência do trabalho de parto se desejarem, o que também não interfere no parto. a raspagem dos pelo pode levar a incomodo posterior, quando estão nascendo, o que não é nada legal.





Por fim, destacamos o monitoramente dos batimentos cardíacos do bebê. Esse monitoramento é muito importante, já que indica se o bebê esta bem durante o trabalho de parto. Ele pode ser feito de forma intermitente (de tempos em tempos um profissional treinado ausculta os batimentos) ou contínuo (com um monitor cardíaco preso a barriga da gestante). Sabe-se hoje que o monitoramente continuo pode gerar momentos de ansiedade à gestante podendo levar a diagnósticos precipitados de sofrimento fetal. Isso pode acontecer porque os batimentos do bebê variam durante os momentos de contração e repouso da mãe, mas escutar essa variação ininterruptamente pode ser aflitivo. Outro porém também do monitoramento ininterrupto é a falta de praticidade do monitor que limita os movimentos da gestante.


E ai? Conseguiram entender um pouquinho sobre os procedimentos? Deu para decidir sobre o soro, ocitocina artificial, alimentação, hidratação, enema, tricotomia e monitoramento fetal?

Na semana que vem vamos falar do período expulsivo, ou seja, o momento do nascimento! Não percam.