segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Teste da Orelhinha

O Teste da Orelhinha ou Emissões Otoacústicas Evocadas é lei em Minas Gerais, faz parte do Programa Estadual de Triagem Auditiva Neonatal e já é realizado em 33 maternidades públicas em todo o Estado.



Mas o que é esse Teste?
A ideia do Teste da Orelhinha é a mesmo do Teste do Pezinho e do Olhinho. Detectar o quanto antes qualquer alteração no bebê, para prevenir doenças e começar cedo com tratamentos e estímulos adequados.

Esse teste vai avaliar a audição do recém nascido e, se algo não estiver dentro do esperado para o seu desenvolvimento, ele já começa a ser acompanhado adequadamente desde pequeno. Hoje não é mais necessário esperar a criança chegar aos 2 anos sem falar para descobrir que ela não escuta. Se a família já descobre desde os primeiros meses de vida, pode fazer os estímulos corretos, com a orientação adequada dos profissionais, garantindo um bom desenvolvimento da criança.

Como é o Teste da Orelhinha e quem o faz?
Quem faz o Teste da Orelhinha é a fonoaudióloga. Ela vai colocar uma borrachinha no ouvido do bebê, que esta ligada a um computador. Esse computador emite sons e capta as resposta do ouvido interno, colocando-as em gráficos que a fono vai interpretar. O teste dura menos de 10 minutos, é indolor e se o bebê estiver dormindo, acontece com maior facilidade (já que o computador é muito sensível aos movimentos e sons). Depois do exame, continua o teste, usando instrumentos musicais para observar a resposta do recém nascido.

Algumas vezes é necessário repetir o exame algum tempo depois. O que não significa uma perda auditiva e sim uma necessidade de observar a maturidade do desenvolvimento auditivo do bebê.

Logo em seguida a fonoaudióloga vai dar orientações quanto ao desenvolvimento auditivo do bebê e sua estimulação.

Quando fazer o teste?
Ele pode ser feito a partir das primeiras 48 horas de vida, ainda na saída da maternidade. Quanto antes for feito, melhor!!!

Onde fazer o Exame?
Ele pode ser feito em clínicas ou maternidade particulares e no SUS, por encaminhamento da maternidade ou do Centro de Saúde. 

Confira a legislação do Estado de Minas Gerais: DELIBERAÇÃO CIB-SUS/MG Nº 384, DE 18 DE OUTUBRO DE 2007.

Lista de algumas maternidades em BH que já realizam o exame:
- Odete Valadares;
- Hospital Júlia Kubitschek;
- Hospital Municipal Odilon Behrens;
- Santa Casa de Misericórdia;
- Hospital das Clínicas/UFMG;
- Hospital Sofia Feldman;

Texto por: Luísa M M Fernandes (Fonoaudióloga – CRFa 6630 - e Doula)

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

"Eu fiz o parto do meu filho, não o médico" - Revista Época

A luta da mulher para conseguir um parto natural
nos dias de hoje
por Eliane Brum 
Sempre quis entender por que uma mulher prefere passar por uma cirurgia que exige um corte transversal de 10 a 15 centímetros e atravessa sete camadas de tecido do que ajudar seu filho a nascer da forma mais natural. Segundo a Organização Mundial da Saúde, apenas 15% dos partos têm indicação de cesariana. Mas, no Brasil, oito de cada 10 partos na rede privada são cirúrgicos. E, assim, os bebês brasileiros cujas mães têm plano de saúde nascem em horário comercial e o que era natural virou exceção. Por quê? E para o benefício de quem? 


Já ouvi dezenas de vezes a justificativa de que a cesariana “é mais prática, cômoda e indolor”. Prática, cômoda e indolor para quem? Talvez seja mais prática, cômoda e indolor para o médico, que não vai ser acordado no meio da noite nem ter de desmarcar compromissos e consultas para acompanhar um processo natural durante horas. Mas, para a mulher, os fatos provam que não. Ainda que o parto natural leve mais tempo, assim que a criança nasce não há mais dor. Já a recuperação da cesariana pode levar semanas e até meses, quando tudo dá certo. Sem contar os riscos inerentes a uma cirurgia de grande porte. Há poucos dias, ao visitar uma amiga que acabou de ter seu segundo filho por cesariana, ela me disse: “A dor que senti ao tentar levantar depois da cesárea foi muito maior do que todas as dores do parto natural do meu primeiro filho. Não entendo como alguém pode achar que isso é melhor”. 


Também já perguntei a alguns obstetras por que fazem tantas cesarianas. E a resposta de todos foi: “Porque nenhuma das minhas pacientes quer ter parto natural”. Será? Sempre desconfiei que parte dos médicos não sabe fazer parto natural. E, além de ser mais prático para eles, escolhem a cesariana porque também têm medo. Em uma reportagem sobre mortalidade materna publicada na Época em 2008, o obstetra Nelson Sass, professor da USP, afirmava exatamente isso: “Os estudantes de Medicina das melhores faculdades quase não têm contato com parto natural. É uma deformação das escolas. Como os casos mais complicados são encaminhados aos hospitais universitários e resolvidos com cesáreas, os alunos não treinam o parto natural”. 



Este obstetra, que não foi treinado para o mais fácil e mais natural, vai convencer aquela gestante que, no caso dela, uma cesariana é a melhor opção. Quando uma mulher está com um filho na barriga e um médico diz que é necessário cortá-la para que ele saia, dificilmente ela vai desafiar a autoridade do médico e contestá-lo. Se o médico diz que é mais seguro, como ela vai discutir e correr o risco de comprometer a vida do seu filho? Nesses casos, mesmo mães que desejaram e se prepararam para um parto natural recuam diante da autoridade daquele que sabe. Mas, às vezes, aquele que sabe só tem medo. Ou, pior, tem um compromisso social em seguida ou apenas quer ganhar mais. 



Quando uma mulher engravida e a barriga começa a crescer, dá medo, às vezes até pânico, saber que aquele bebê que está dentro dela vai ter de sair. E é ela quem vai ajudá-lo nisso. E que esse processo inclui dor. É natural ter medo. Isso não significa que essa mulher não possa lidar com esse medo e com todas as fantasias a respeito desse momento e, mesmo assim, viver o que tem para viver. A maior fantasia – e a que mais atrapalha todas as mulheres – é justamente a ideia de que a maternidade é sagrada e só envolve bons sentimentos. Então, para ser uma boa mãe, supostamente uma mulher teria de achar tudo lindo e elevado. 


Poucas crenças são mais perniciosas para as mulheres – e depois para os seus filhos – do que o mito da maternidade feliz. A escritora francesa Colette Audry disse uma frase genial sobre o que é um filho: “Uma nova pessoa que entrou na sua casa sem vir de fora”. Como não ter medo e sentimentos conflitantes a respeito de algo assim? Engravidar e parir dá medo mesmo. E uma mulher não vai amar menos aquele bebê por sentir pavor, raiva e sentimentos supostamente menos nobres – ou supostamente proibidos. Ao contrário. Ela pode ser uma pessoa pior e uma mãe pior se sufocar esses sentimentos em vez de aceitá-los e lidar com eles. O que também implica lidar com o medo da dor do parto e da responsabilidade de ajudar o filho a nascer. É claro que auxilia bastante encontrar um obstetra responsável que converse com ela sobre seus sentimentos – em vez de abrir a agenda para marcar a cesariana.


É por medo de viver e porque ninguém as ajuda a lidar com seus piores pesadelos que muitas mulheres preferem não sentir – literalmente – um dos momentos imperdíveis da vida que é o parto de um filho. Acredito que a saída para esse medo não é ser anestesiada e cortada em data previamente marcada. E, principalmente, sem necessidade. Como me disse uma grávida um dia: “Prefiro a cesariana porque aí não tenho de passar por isso. Eu fico ali, sem sentir nada, e de repente meu filho já está do lado de fora”. Essa mulher nunca soube o que perdeu, porque perdeu. 


Hoje há um movimento forte em defesa do parto natural e há crianças nascendo em salas humanizadas de hospitais e mesmo dentro de casa nas grandes cidades, como São Paulo, enquanto lá fora o trânsito para e os carros buzinam. Existem grupos semanais onde as mulheres e também os homens podem falar abertamente sobre todos os medos e trocar experiências sobre parto e amamentação. E poder falar sobre isso e dizer que eventualmente está apavorada faz bem para todo mundo e também para o bebê que vai ter uma mãe que consegue falar de seus sentimentos. E falar do que sentimos e do que não sentimos, por pior que nos pareça sentir o que não queríamos sentir – ou não sentir o que achamos que deveríamos sentir –, nos ajuda a amar melhor. 


Algumas ressalvas, porém. A luta pela volta do parto natural é um bom combate. Mas é preciso não cair no outro extremo e virar xiita, já que dogmas não fazem bem à vida. Às vezes percebo com pena esse traço em alguns movimentos que poderiam ser melhores se deixassem a soberba de lado. A cesariana é uma ótima saída nos casos em que é indicada e pode salvar a vida da mãe e do bebê. O problema não é optar por ela quando claramente é a melhor alternativa diante de uma complicação – e sim fazer a cirurgia sem necessidade, um comportamento epidêmico no Brasil.
Nenhuma mulher é menos mãe ou menos mulher porque não conseguiu ter um parto natural. Assim como nenhuma mulher é menos mulher porque decidiu que não quer ser mãe. Já testemunhei mães orgulhosas de seu parto natural esmagar com sua suposta superioridade uma outra que precisou de cesariana. Este é um comportamento lamentável, quando não ridículo. Nesses casos, além de ter sido submetida a uma cirurgia e estar cheia de dores e pontos, a mulher é punida porque não foi uma superfêmea. Como se ter de fazer uma cesariana fosse uma nova modalidade de fracasso. 


Superfêmeas, assim como supermães, para o bem da humanidade é melhor que não existam. As mulheres mais bacanas e as que possivelmente serão melhores mães são as que assumem seus medos e não punem o medo das outras. E compreendem que na vida, assim como no parto, a gente tenta fazer o melhor possível. E o melhor possível tem de ser o suficiente. 


Para nos ajudar a pensar sobre tudo isso, entrevistei uma amiga que teve seu primeiro filho há uns poucos meses, perto dos 40 anos. Eu a escolhi porque ela desejou muito um parto natural. E se preparou muito para o nascimento do seu filho. E conseguiu o seu parto. Mas, para isso, passou por um tremendo estresse desnecessário em seu embate com a cultura predominante da cesariana e o medo de que os profissionais escolhessem por ela ao longo do trabalho de parto. 


Quando fui visitá-la no hospital, no dia seguinte ao nascimento do bebê, ela tinha necessidade de contar sobre o pavor vivido não por causa das dores do parto, mas pelo medo de que roubassem dela esse momento. Seu bebê era saudável, ela ajudava a dar nele o primeiro banho e amamentava-o sem nenhum incômodo. Mas o embate com a equipe de saúde a tinha marcado. E teria sido melhor se ela tivesse a certeza de que sua decisão seria respeitada – e uma cesariana só seria feita se realmente houvesse necessidade. 


Há cerca de um ano ela deu outra entrevista para esta coluna, sobre seu desejo e suas dificuldades de engravidar, e os mitos de fertilidade que atrapalham a vida das mulheres. Agora, ela nos conta o capítulo seguinte. A experiência de cada mulher é única. Esta é a da minha amiga. Nem certa nem errada, nem melhor nem pior, apenas a dela
 Confira a entrevista na íntegra pelo link abaixo:

Faça já sua inscrição para o curso de Orientação às Gestantes!!!

Acalanto fecha parceria com clínica de fisioterapia e nutrição

         O Acalanto – Grupo de Orientação às Gestantes fechou nessa semana duas parcerias importantes. A partir de agora nossos clientes terão desconto de 20% nos serviços oferecidos pela clínica Trinutri (http://www.clinicatrinutri.com.br/). Localizada no bairro Floresta oferece serviços de nutrição e acumputura. O objetivo é estender para todos os clientes os serviços que são oferecidos por ambas, além de beneficiá-los com condições especiais para realização das consultas e atividades.
        
       Outra parceria firmada foi com o Espaço Viver Pilates (http://www.espacoviverpilatesbh.blogspot.com/) , que vai oferecer um desconto de 10% para as nossas gestantes nos serviços da clínica. Localizada também no bairro Floresta, ela oferece aulas de Pilates, sessões de massagens (redutora, relaxante e modeladora), drenagem linfática e limpeza de pele. Então fiquem atentos e aproveite!

Os dez mandamentos da maternidade

Sim, sua vida pós-bebê não será mais a mesma. E os sufocos que as mães de primeira viagem passam com o novo bebê dariam até pra virar livro. E virou. Rachel Hale, uma das fotógrafas mais famosas do mundo, publicou um livro para mães e pais em apuros: O Livro do bebê feliz: 50 coisas que toda nova mamãe deveria saber, recheado de estatísticas tranquilizadoras (sabia que 65% das novas mamães ficarão sem fraldas às 3h da manhã pelo menos uma vez?) e fotos maravilhosas de bebês de todos os jeitos. Se você tem ou está pra ter um bebê, veja quais os 10 mandamentos que, a partir de agora, vão ditar sua vida:

1. Renunciarás a uma casa limpa
2. Possivelmente, nunca mais terás uma conversa sem ser interrompida
3. Aprenderás a fazer compras às pressas.
4. Não cobiçarás a vida social da próxima.
5. Agora deverás realmente honrar tua mãe e teu pai.
6. Não mais terás todas as respostas.
7. Não mais precisarás de um relógio com alarme.
8. Deverás fazer cinco tentativas frustradas até conseguir sair de casa.
9. Perguntarás a ti mesma o que fazias com teu tempo.
10. Saberás que tudo isso vale a pena.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Depressão na gravidez pode causar parto prematuro

Estado de angústia e tristeza durante a gestação está relacionada às oscilações de hormônio e é mais comum do que se imagina.

Por Michelle Veronese

A depressão pós-parto é um problema pra lá sério, que toda candidata a mãe faz questão de conhecer. O que poucas mulheres sabem é que esse mal também pode vir à tona antes de o bebê nascer. Trata-se de uma espécie de depressão pré-parto, que merece cuidados especiais.


Pra entender esse quadro, é preciso levar em conta as mudanças que acontecem no corpo da mulher durante a gestação. A barriga cresce, os seios doem, as pernas incham e milhares de outras transformações vão ocorrendo, semana após semana. “Além das modificações hormonais, ocorrem mudanças psicológicas, que podem ser experimentadas com mais intensidade por algumas mulheres”, observa Marco Antônio Brasil, chefe do setor de psiquiatria e psicologia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, no Rio de Janeiro.


Os especialistas ainda não sabem o porquê, mas o fato é que, de uma hora para a outra, o humor de algumas futuras mamães oscila e o bem-estar acaba dando lugar ao baixo astral. É aí que a depressão bate à porta.


É muito fácil perceber o momento em que isso acontece. “A mulher fica menos interessada no bebê e acaba abandonando os cuidados com a saúde e a alimentação”, conta a psiquiatra Florence Kerr-Corrêia, professora da Universidade Estadual Paulista, em Botucatu, no interior de São Paulo. Se antes ela tinha planos para a criança, deixa esses sonhos de lado. Algumas tendem a fumar ou beber – duas atitudes, vale lembrar, extremamente prejudiciais ao bebê.


Outras deixam de se alimentar ou comem exageradamente. Já a tristeza, sintoma que todo mundo associa à depressão, nem sempre dá as caras. “Em vez disso, pode acontecer de a mulher adotar uma atitude mais egoísta, ficar voltada apenas para si e mergulhada em pensamentos negativos”, diz a especialista.


Se esses sintomas não forem logo tratados, a mãe e o bebê podem sofrer sérias complicações. A mais comum é a gravidez não chegar a termo, isto é, o bebê nascer antes de completar 37 semanas. Um estudo, publicado na revista científica inglesa Human Reproduction, confirmou esse risco e constatou algo que surpreendeu os médicos: a depressão na gravidez é mais comum do que se imagina e a possibilidade de parto prematuro é duas vezes maior nessa condição.


Os pesquisadores também investigaram o que está por trás do problema e já encontraram algumas pistas. Tudo indica que as alterações hormonais que afetam o humor podem interferir no equilíbrio químico da placenta e, de alguma maneira desconhecida, antecipariam o momento do parto. Resultado: o bebê nasce prematuro e, ainda nos primeiros momentos de vida, pode apresentar problemas de saúde e desenvolvimento. “A melhor solução para esse mal continua sendo o diagnóstico precoce”, lembra Marco Antônio. Por isso, sempre vale repetir o alerta: abra o jogo com o médico e o companheiro sempre que algum sentimento negativo insistir em turvar o seu bom humor. Quanto mais cedo a depressão for identificada, mais rapidamente a futura mamãe voltará a curtir a gestação. O problema pode ser tratado com psicoterapia e, dependendo do caso, os especialistas chegam a apelar para o uso de medicamentos específicos. Tudo para que essa longa espera pelo bebê seja cercada de alegria.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Saúde bucal da mamãe

O pré-natal dos dentes
Por Yara Achôa
A futura mãe pode dar o primeiro passo na prevenção dos problemas de saúde bucal do bebê antes mesmo de ele nascer. Basta agendar uma consulta com o dentista. “Se for uma gestação programada, o ideal é fazer isso antes de engravidar”, sugere o odontopediatra Fábio Bibancos, de São Paulo. Mas se a gestação não estava nos planos, o checkup pode ser adiado em alguns meses. “O período mais adequado é o segundo trimestre”, diz Bibancos. “Isso porque nessa fase a gravidez está mais estável.” O chamado pré-natal odontológico é importante para prevenir e tratar infecções bucais na gestante. Isso porque elas também podem comprometer a saúde do feto. É o caso da gengivite, que acomete a gengiva, e dá periodontite, um problema que pode comprometer as estruturas que dão sustentação aos dentes. A consulta também servirá para orientar as mães com relação aos seus filhos, quanto à dieta, o desenvolvimento da dentição do bebê e alguns hábitos, como chupar o dedo e usar a chupeta.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

CUIDADOS COM OS BEBÊS DURANTE O VERÃO


Durante a estação mais quente do ano surgem muitas dúvidas entre os pais a respeito dos cuidados com os bebês e recém-nascidos. Os profissionais do Acalanto - Grupo de Orientação às Gestantes esclarecem algumas delas e garante que é possível aproveitar bem o verão com a toda a família viajando ou na própria cidade, desde que se tomem alguns cuidados:
- Amamentação várias vezes ao dia para ajudar a hidratar os bebês;
- Ingerir bastante água, sucos, isotônicos e água de côco, no caso de bebês que já se alimentam além do leite materno;
- Deixá-los sempre debaixo da sombra de árvores evitando os raios solares;
- Usar piscinas plásticas;
- Evitar frutos do mar, já que podem causar infecção intestinal ou alergias;
- Levar o lanche ou alimento da criança numa bolsa térmica e incentivá-los a comer frutas;
- Mantê-los vestidos com camisas e em caso de queimaduras evitar imediatamente o sol e buscar uma Unidade de Pronto Atendimento;
 Sempre com o intuito de desmistificar e orientar os pais a respeito dos cuidados com as gestantes e os bebês, o Acalanto busca a humanização do cuidado, dosando crenças, mitos e realidades. De acordo com a fonoaudióloga do grupo Luísa da Matta Machado, os pais devem aproveitar esse período para estimular a criança a viver novas experiências e descobertas, interagindo com outras crianças, enriquecendo o vocabulário e o desenvolvimento da linguagem. “Não há problema algum em viajar com os filhos pequenos nessa época do ano, pelo contrário, a diversão em família é muito importante para todos”, afirma.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Aprendendo a ser Mãe e Pai

Aprender a ser Pais

 

Quando decidimos ter filhos sentimos muitas esperanças e muita ilusão, imaginando a maravilha e o milagre que é trazer ao mundo um novo ser. Frequentemente pensamos que sabemos tudo o que é necessário, e que podemos confiar em nossos instintos. Este sentimento de que tudo será perfeito é comum à maioria dos pais de primeira viagem.

Também é certo que logo nos sentimos muito ansiosos pela responsabilidade, pelo desajeito, por nos sentirmos incapazes de compreender o que acontece com este ser tão pequeno quando a única coisa que ele sabe fazer é chorar, quando algo o incomoda. Desejamos que o tempo passe e que o bebê já comece a falar para que possa comunicar o que lhe dói e o que necessita.

Quando a criança já cresceu um pouco, e surgem outras dificuldades, novamente pensamos que quando cresça um pouco mais tudo será mais fácil. E assim seguimos, esperando que chegue o momento em que não nos angustiemos com nosso filho. Mas a experiência demonstra que o filho será nosso filho até o fim de nossos dias, y seguiremos com as angustias e incapacidades porque não fomos educados nem treinados para ser mãe e pai. Nos vemos sem ferramentas para essa grande tarefa e nos cabe improvisar, inventar e aprender a ser pais.

Nos esquecemos de como nos sentíamos quando fomos crianças, e trazemos dentro de nós mesmos sistemas de idéias e crenças com as quais queremos nos impor como autoridade frente aos filhos.

Muitas vezes, nós pais nos esquecemos de observar aos filhos com cuidado e descobrir a magia da comunicação através de uma escuta atenta, do carinho, do olhar nos olhos, vendo a profundidade do ser, reconhecendo quão diferente é essa pessoa que temos diante de nós, apesar de ser nosso próprio filho.

Os filhos necessitam perceber e sentir que durante a infância os pais estão presentes vendo suas necessidades, sendo capazes de cuidá-los e guiá-los enquanto não sabem para onde ir. Sabendo também que “o autoritarismo esmaga, e a permissividade afoga.” Os filhos necessitam de uma atitude firme e respeitosa que lhes permita confiar na capacidade de seus pais para dirigir suas vidas enquanto são pequenos. Os pais caminham adiante orientando-os, mas não carregando os filhos em suas costas e sendo escravos de seus desejos.

As vezes escolhemos a opção de ser muito permissivos,  nos esquecendo de colocar limites e dar referências claras, pensamos que o melhor é ser “amigo” do filho, imaginando que assim estaremos mais perto dele. E na verdade o filho necessita de uma mãe e de um pai como referências claras que lhe dêem apoio e que lhe confrontem com a realidade. Amigos êle já encontrará na vida por si mesmo.

Na nova geração de pais, com o desejo de não repetir os erros e abusos de seus progenitores, alguns são muito compreensivos com seus filhos e lhes dedicam toda sua atenção, porém ao mesmo tempo se mostram fracos e inseguros para ocupar a posição hierárquica que lhes corresponde, incapazes de respeitar-se a si mesmos e de fazer valer suas necessidades frente aos desejos dos filhos.

Outros pais, envolvidos demais com suas profissões e em seu trabalho não têm tempo para os filhos, são pais ausentes que tentam compensar essa falta de presença e atenção com presentes, dinheiro e um excesso de permissividade. Os filhos crescem com muita solidão e liberdade, porém com falta de referências e de contato afetivo e humano.

As dificuldades na relação com os filhos, às vezes, tem a ver com sentimentos ocultos, não expressados nem reconhecidos, com falhas de comunicação entre o casal, e com mensagens contraditórias que a mãe e o pai dão aos filhos. O pai e a mãe terão que perceber quão importante é a unanimidade de critérios dentro do casal frente aos filhos para que estes possam crescer equilibrados e confiantes.

Por isso, mães e pais necessitam ter espaços de reflexão para explorar as dificuldades e encontrar alternativas para exercer uma maternidade e uma paternidade desde o coração, apoiados por uma razão flexível e ampla, buscando transformar o lar em um lugar aonde o filho possa sentir-se amado, compreendido e com possibilidades de desenvolver seu potencial.

Os pais necessitam ver suas limitações, desconectar-se da culpa e conectar-se consigo mesmos e com sua capacidade amorosa e respeituosa frente aos filhos.

A experiência nos tem demonstrado quanto os pais estão buscando formas de comunicar-se com seus filhos, porém se perdem em seus próprios sistemas de idéias pré-concebidas desde sua família de origem. Eles crescem com muitos ideais e esperanças de formar sua família com bases diferentes (em geral opostas) daquilo que viveram em sua infância e adolescência. Percebem muito rapidamente suas limitações e incapacidades, ainda que tentando manter o papel de pais. Se perdem com freqüência justamente quando repetem (consciente ou inconscientemente) aquilo mesmo que lhes havia tolhido a espontaneidade e expressividade genuína em seu próprio desenvolvimento.

Essa cadeia se perpetua de alguma forma de geração em geração. Estamos em um momento crítico a nível mundial aonde o poder de poucos gera violência, tensão, desconexão, impotência, isolamento, na maior parte da humanidade.

Para que nossos filhos tenham a possibilidade de romper esse “status quo” é muito importante que nós como pais possamos questionar nossos valores e idéias condicionadas, permitindo-nos abrir o coração com humildade e sinceridade, dando assim o exemplo que as crianças e jovens de hoje necessitam para crescer conectados com a força e verdade intrínseca que lhes permita transformar a atual realidade destrutiva.

Além da relação entre pais e filhos ocorre um fator cada vez mais frequentemente que é a dos pais separados, estes constituindo outras famílias.

Essa situação influi muito no desenvolvimento dos filhos, pois a separação dos pais já é em si mesma algo que provoca muitas dificuldades para todos envolvidos.  Por um lado estão os pais com seus conflitos, gerando mensagens contraditórias aos filhos, por outro lado a culpa e o desejo de compensá-los gera confusão em muitos níveis. Quando entram novos parceiros e novos filhos (seja do (a) novo( a) companheiro (a) ou meio-irmãos) as crianças (e/ou adolescentes) da família original necessitam adaptar-se à nova situação, e raramente têm espaço, tempo ou capacidade de compreender a enorme gama de emoções que aparecem. Se vêm obrigados a viver a nova situação gerando uma avalanche de problemas e dificuldades, que geralmente não são levados em conta a não ser superficialmente ou apenas em torno aos sintomas que surgem.

O tema da relação pais e filhos é complexo e ao mesmo tempo fundamental para que a nova geração encontre possibilidades reais de transformação e evolução.
                                                                                                         Suzana Stroke

(transcrição da introdução de um workshop para pais em Interser Gestalt, Madrid, 2006).

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Dicas Acalanto - Bolsa da Maternidade


O que levar para a maternidade?
  
    1- Comece a prepará-la com pelo menos 30 dias de antecedência da DPP. Apesar de apenas 6% dos bebês nascerem nessa data, ela é um referencial. E com a bolsa da maternidade pronta, você e sua família não serão pegos de surpresa e, se esquecerem alguma coisa, podem ir colocando ao longo dos próximos dias.
     
2-    Tente resumir ao máximo o número de sacolas e bolsas. Se possível leve apenas uma para você e para o bebê. Isso vai facilitar na locomoção entre quartos, salas, blocos, casa de parto, maternidade etc. Pense também em uma bolsa que seja fácil de carregar. Uma boa ideia são as malas com rodinha.

3-    Separe em uma pasta todos os seus documentos pessoais e de convênio, junto com todos os exames realizados durante a gravidez e o cartão do pré-natal. Essa pasta precisa estar em um local acessível dentro da bolsa.

4-    Roupas para o bebê: leve 3 mudas de roupa e mais uma especial, a escolhida para sair do hospital. Não se esqueça de levar casaquinhos ou macaquinhos de manga cumprida, toucas, meias e luvas, mesmo durante o verão eles podem ser necessários. Não deixe de levar também uma manta para enrolá-lo e duas fraldas de pano, que servem de curingas.

5-  Roupas para a mãe: Pense em roupas confortáveis e práticas para a amamentação. Leve pelo menos 2 pijamas e 2 mudas de roupa que você se sinta confortável em receber as visitas. Os sutiãs ou tops devem ser sempre de alças largas e práticos para a amamentação. Não se esqueça dos chinelos! Lembre-se que a noite pode esfriar, então vale à pena levar agasalhos e talvez até um cobertor.

6-    Acompanhante: o seu acompanhante não precisa levar muita coisa, no máximo uma camisa extra e um pijama. Até porque ele pode voltar para casa, se trocar e tomar banho, enquanto outra pessoa fica com você. Essa ideia é legal já que assim ele tem um momento para resolver o que for preciso fora do hospital e descansar um pouco, voltando renovado para ficar ao seu lado no hospital.
Atenção: A mulher tem direito, garantido por lei, no setor público e privado, seja em quarto ou enfermaria, a um acompanhante de sua escolha o tempo inteiro (pré parto,parto e pós parto). Não abra mão dos seus direitos!

7-  Artigos de Banheiro: toalha de banho, sabonete, shampoo, cremes de cabelo, hidratante, escova de dente, pasta de dente, pente/escova de cabelo etc. Enfim, todos os seus artigos pessoais, em embalagens práticas e pequenas.

8-    Para se sentir bem consigo mesma e para receber as visitas vale levar brincos e outros acessório que não a incomodem, práticos para ficar na cama. Cuidado com pulseiras e anéis que podem machucar o bebê nesses primeiros dias que estamos acostumando a segurá-lo. Perfumes bem leves para não estimular alergias e se achar necessário uma maquiagem leve e discreta.

9-    Artigos de farmácia: Você irá precisar de absorventes após o parto, tanto partos normais quanto cesáreas. Os hospitais normalmente fornece absorventes pós parto, que são bem grandes, algumas vezes podendo ser desconfortáveis. Assim, vale a pena levar um pacote de absorventes noturnos, principalmente ao sair do hospital. Para os bebê, os hospitais normalmente fornecem fraldas, mas vale a pena levar umas 2 ou 3 RN’s e P’s. Assim como demais artigos para a troca de fraldas. Ao sair do hospital, já estará com tudo preparado.


10 - Cintas não são obrigatórias, mas muitas mulheres se sentem mais confortáveis com elas. Assim, se decidir usar já pode levá-la para o hospital e sair de lá usando-a. O único cuidado é para as mulheres que tiveram cesárea, para que o fecho da cinta não fique em cima do local dos ponto, evitando assim possíveis machucadinhos e infecções. 

11- A máquina fotográfica é outro item que não pode ficar para trás. Mas é importante o espaço na memória e a bateria cheia, se possível com uma de reserva. 

12- É claro que dá para levar muitas outras coisas!!! Lembrancinhas para as visitas, músicas e livros, lanches leves, frutas, garrafinha com água ou suco. E mais o que você achar que irá te deixar confortável.