Quando visitei o museu deBrinquedos de Praga tive a chance de ver a exposição comemorativa dos 50 anos
da Barbie. Estava com uma amiga, Aline, que sabe tudo sobre esse assunto! Olhem
aí do lado quem é a Aline e porque ela sabe tanto sobre essa boneca
controversa, desde o seu surgimento, mas que não para de fazer sucesso! Leiam o
texto dela que vale a pena!
A boneca Barbie, sinônimo de
encanto e glamour, foi e ainda é querida por diversas gerações. Mas antes de se
tornar este ícone de sucesso, enfrentou vários problemas e críticas. Encomendada
ao designer Jack Ryan, em 1958, Barbie foi
apresentada pela primeira vez à sociedade no American Internacional Toy Fair, em Nova York, em 1959. A boneca
foi uma criação de Elliot Handler, fundador da Mattel, e sua esposa Ruth, após
notarem a predileção e o interesse da filha por bonecas de mulheres adultas.
Assim, foi desenvolvida a primeira boneca que foi batizada com o nome de sua
filha, Bárbara.
A primeira Barbie
Inicialmente, a boneca com seu
rosto pintado, suas sobrancelhas arqueadas, com pernas e braços alongados e
fartos seios dividiu opiniões entre mães e profissionais da área de educação. Barbie
parecia ser mais uma ferramenta de ensino para a feminilidade, do que apenas
uma forma de entretenimento.
Para amenizar a polêmica, em 1961,
a Mattel criou Ken, o namorado da Barbie, sua melhor amiga, Midge, em 1963, e
sua irmã, Skipper, em 1964. O sucesso foi estrondoso, já que agora a boneca
havia sido inserida em um ambiente familiar, o que possibilitou a criação de
vários outros itens relacionados com a vida cotidiana, como o carro e a Casa
dos Sonhos da Barbie, recriando uma atmosfera real.
Mas inseri-la em um contexto
familiar não foi suficiente para que outra polêmica entrasse em cena. Suas
medidas de tórax, cintura e quadril incutiam uma imagem irreal de estrutura
corporal nas crianças.
Segundo alguns estudiosos, o lado
positivo foi que muitas mulheres viram a Barbie como uma alternativa aos
tradicionais papéis dos anos 50, pois possui uma série diferenciada de
profissões como: professora, astronauta, veterinária, cantora, comissária de
bordo, modelo, atleta e até candidata a presidência dos Estados Unidos.
Dessa maneira, a boneca tornou-se
um ícone do reflexo da sociedade norte americana, sempre ligada à ideia de bom
comportamento, de tecnologia e, associada ao mundo da moda pelo seu do modo de
vestir.
Além dos trajes externos, a Barbie
também vestia roupas íntimas, que simbolizavam a idade adulta. Ela tinha um
espartilho, que servia para ilustrar a postura ideal que deveria ser adotada pelas
mulheres. Seu primeiro guarda roupas incluía sutiãs sem alça e meia taça e uma
anágua floral. Todos os outros trajes refletiam a tradição americana e as
atitudes femininas. O vestido de casamento foi uma das roupas mais populares da
primeira Barbie, já que naquela época o casamento era uma instituição
sacramentada e vista como necessária na idade adulta. Desde então, todo o seu
figurino possuía o papel de atribuir o estigma da perfeição de uma mulher
feminina e linda. Porém, esse estereótipo perfeito de mulher, foge da
realidade, tornando, assim, necessário agregar elementos que a tornassem ainda
mais próxima da realidade.
Para manter sua imagem glamorosa
sempre atualizada, os designers da Mattel usaram as últimas inovações em
tecidos como o tricô, o tule e a rede de nylon. A empresa fornece à boneca
quase uma centena de novas roupas a cada ano. A Barbie já teve seu vestuário
criado por designers mundialmente famosos como Yves Saint Laurent, Christian
Dior e Christian Lacroix.
Desta forma, Barbie nunca deixou de fazer olhos brilharem e pequeninas mãos
coçarem, ansiosas para sentir um pouquinho de toda sua magia...
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