Hoje a
Organização Mundial de Saúde recomenda que o bebê tenha alimentação exclusiva
da amamentação, leite materno, até os 6 meses. A partir dos 6 meses é
recomendado a introdução de outros alimentos para complementar as necessidades
nutricionais, mas dando continuidade ao aleitamento materno, até os dois anos
ou mais.
A amamentação
exclusiva por 6 meses diminui as chances de infecção e de desnutrição e
obesidade das crianças em todo o mundo. Isso acontece porque o leite materno
tem os nutrientes necessários para a nutrição e proteção imunológica da
criança.
Quer dizer que o
bebê não vai precisar de mais nada durante os seus primeiros seis meses de
vida. Nem mesmo água ou suco são necessários para complementar sua alimentação.
Isso pode ser um pouco angustiante para as mães, principalmente no verão. Por
isso ter um acompanhamento e orientação do pediatra, que apoie e incentive a
amamentação exclusiva, é importante. Já que ai se algo sair do normal e apenas
o leite materno não for o suficiente, o pediatra irá orientar.
E o que
significa dizer que o leite materno é preparado para suprir as necessidades
nutricionais e proteção imunológica do bebê?
O leite é
produzido nas glândulas mamárias e armazenado nos alvéolos. Quando estes estão
cheios é a hora do bebê mamar. O corpo da mulher vai usar os nutrientes da sua
alimentação para compor esse leite. Algumas vezes o leite pode até mudar
ligeiramente de cor ou cheiro dependendo do alimento que é ingerido, o que é
perfeitamente normal. Alguns bebês têm também cólicas quando a mãe come
alimentos muito picantes. Ai é uma questão de observar o comportamento da
criança.
Além dos
nutrientes dos alimentos o leite é composto principalmente por água, como já
falamos, junto com hormônios e anticorpos. Então todos os anticorpos produzidos
pela mulher em consequência das doenças que já teve e das vacinas que tomou,
são transmitidos ao bebê.
Como esses
anticorpos são passados ao bebê mantendo-o protegido, é importante ter
orientação do pediatra quanto as vacinas necessárias.
Mas voltando a
produção do leite, basicamente produzimos duas partes de leite. A primeira
parte do leite é a mais rala, que contém mais água, anti-corpos e hormônios. A
segunda parte do leite é a que contém mais gordura e vai garantir o ganho de
peso do bebê.
Assim é
importante que ele mame as duas partes do leite.
No primeiro mês
a criança deve mamar em livre demanda. Quer dizer, toda hora que ela quiser. Aos
poucos mãe e filho vão estabelecendo um ritmo que normalmente leva a um
intervalo de aproximadamente duas horas. Nesse mês aos poucos a mãe vai
aprendendo a reconhecer o choro e suas diferenças. Se é choro de fome,
irritabilidade, para chamar atenção, cólica ou outros.
Bebês que mamam
em livre demanda passam a se sentir confortáveis e seguros. Não ficam mimados,
como diz o mito popular. Inicialmente eles não conseguem perceber seu corpo
quando não em contato com o do outro, com a mãe, e a amamentação é o melhor
momento para isso, por isso a segurança e aconchego.
Além disso, não entendem
o que significa a fome, por isso o choro. A livre demanda é importante para que
o bebê possa mamar com calma, se estar irritado de esperar com fome um horário
pré determinado. E com calma ele pode aprender com maior facilidade a pega
correta!
A partir do
segundo mês os períodos entre as mamadas vão se espaçando e aos poucos se
estabelecem de 3 em 3 horas.
É importante
lembrar que não existe leite fraco. O leite da mãe é sempre suficiente para seu
bebê. Quanto mais a criança mama, maior a produção de leite.
O que pode
acontecer que diminui a produção de leite e algumas vezes leva as mães a pensar
que seu leite é fraco são situações emocionais. O estresse, nervosismo e brigas
podem fazer com que a produção do leite diminua. Portanto é importante a mãe
estar tranquila, com apoio daqueles que a cercam, evitando situações de
estresse.